Publicado em: 14/11/2012 às 11:30hs
Isso não ocorria desde 2009, já que nos dois últimos anos essa relação de preços ficou aquém dos 29%, correspondendo ao mais baixo índice dos últimos 15 anos.
Tudo sugere, porém, que a atual valorização será passageira, pois, historicamente, os preços do frango vêm sendo quase continuamente decrescentes. E as poucas exceções observadas decorrem de momentos de crise.
Em 1998, por exemplo, o frango vivo foi comercializado por um valor médio que correspondeu a mais de 40% da cotação do boi em pé. Mas, na sequência, a produção cresceu demasiadamente e essa relação baixou com rapidez. Três anos depois já estava em 33,5%. Reverteu-se a partir daí não tanto porque ocorreu algum controle da produção, mas porque as exportações do período tiveram avanço inesperado (1,265 milhões de toneladas em 2001; 2,846 milhões de toneladas em 2005 – 125% de aumento em quatro anos!).
Mas então (2006) veio a crise (externa) de Influenza Aviária, com refluxo violento das exportações e do consumo interno. Resultado: a relação de preços frango/boi caiu para 32%, E só apresentou reversão no ano seguinte porque, a despeito da posterior valorização do boi, a crise anterior na avicultura refreou uma maior produção de carne de frango naquele exercício.
Em 2008, nova crise, desta vez a da economia mundial. Mas que, no caso do frango, foi acompanhada novamente de um excesso de produção. A contenção da produção então imposta ao setor possibilitou breve recuperação em 2009. Que, além de limitada, também foi passageira.
Neste instante, a relação volta a se igualar com aquela de três anos atrás. Mas, pelos antecedentes, tende a ser interrompida em futuro próximo. Pois está claro que os preços do frango vivo são historicamente decrescentes em relação aos preços do boi em pé.
Fonte: Avisite
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