Publicado em: 04/04/2012 às 17:25hs
Em plena semana do pagamento de salários e faltando cinco dias para o Domingo de Páscoa – data que, em outros tempos, era marcada por um alto consumo da carne de frango, o que garantia uma forte valorização do produto no período – o mercado do frango vivo prossegue no mesmo marasmo que marcou sua comercialização no decorrer do mês de março. Aliás, a coincidência é tanta que até a remuneração oferecida ao produtor – R$1,80/kg no interior paulista – se mantém inalterada desde 1º de março, ou seja, há cinco semanas consecutivas.
Na opinião de players do setor, são poucas as probabilidades disso mudar mais à frente. Mesmo assim é interessante notar que, pela primeira vez neste ano, o frango vivo tende a alcançar no mês um valor médio superior ao do mesmo mês do ano passado.
Claro, não há nessa perspectiva nada de auspicioso. Porque um eventual ganho em abril não decorre, exatamente, da valorização do produto mas, sim, da forte desvalorização experimentada pelo frango vivo em abril de 2011 e que acabou se estendendo (e se aprofundando) até o mês de maio.
De toda forma, a situação atual é bem mais preocupante que a de um ano atrás. Porque, sabidamente, o forte recuo de preços então observado decorreu do aumento exacerbado da produção. Um comportamento que foi estimulado pelos bons preços alcançados pelo frango no bimestre fevereiro/março de 2011.
Já neste ano e pelos menos até aqui, não houve estímulo anterior. Pelo contrário, os baixos preços marcam o setor desde meados do mês de dezembro e, supostamente, vêm ocasionando contínua redução da produção. Se, mesmo assim, o mercado não dá sinais de equilíbrio é porque a origem do problema tem, desta vez, uma outra e mais grave face.
Fonte: AviSite
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