Análise de Mercado

Frango e ovo: preços relativos nos sete primeiros meses do ano

Comparando-se a evolução relativa de preços do ovo e do frango vivo entre janeiro e julho de 2013 com o desempenho médio dos 10 anos anteriores (2013/12), constata-se que enquanto o frango vem apresentando resultados totalmente anômalos, o ovo segue em tudo a curva decenal


Publicado em: 01/08/2013 às 11:10hs

Frango e ovo: preços relativos nos sete primeiros meses do ano

Começando pelo ovo: demonstrando que o produto obteve valorização sustentável (ou seja: com melhor adequação da oferta à demanda), entre janeiro e maio os preços do ovo acompanharam a curva decenal, mas sempre com ganhos superiores à média: de 8 pontos percentuais em janeiro; de 7 pontos percentuais em fevereiro; de 5 pontos percentuais em março; de 10 pontos percentuais em abril. E só no terceiro bimestre, com o andamento mais lento da economia (ou sob um maior efeito da inflação) é que essas diferenças diminuíram: em maio o preço ficou apenas um ponto percentual acima da média decenal, enquanto em junho tornou-se negativo, ficando 5 pontos percentuais abaixo da média.

Em julho passado, o recuo observado apenas repetiu o desempenho tradicional. Mas o índice de queda foi bem menor que o normal e, com isso, a média mensal acabou sendo exatamente igual à média decenal, o preço do mês ficando 7% acima do que foi registrado em dezembro do ano anterior.

A média decenal do período agosto-dezembro sugere preços inferiores, por exemplo, aos alcançados em julho. Mas, no corrente exercício, essa média tende a ser subvertida, pois são várias as indicações de que o plantel em produção permanece estável.

Diferente de tudo isso, o frango vivo vem apresentando comportamento que foge totalmente ao que foi observado na média dos dez anos passados. Ou seja: só no primeiro trimestre teve desempenho similar à média decenal. A partir daí, fugiu totalmente ao padrão: em relação à média, perda de 17 pontos percentuais em abril; de 29 pontos percentuais em maio; de 32 em junho; e de 28 pontos percentuais agora em julho.

Mesmo isso, porém, é plenamente justificável: a base inicial (dezembro de 2012) é que foi elevada. Daí a subversão dos valores posteriores que, ainda assim, passam a seguir (a partir de maio e embora à distância) a curva decenal.

Isso posto, a tendência é de valorização contínua nos próximos meses, com risco de pequeno retrocesso em novembro. Mas tudo indica que em 2013 esse risco está afastado.

Fonte: Avisite

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