Publicado em: 31/05/2012 às 15:30hs
Segundo as mesmas fontes, repete-se na avicultura francesa o mesmo que ocorreu no Brasil (Doux-Frangosul): avicultores integrados à empresa não são pagos há algum tempo, o que já levou muitos deles a interromperem a recepção de novos lotes de frangos.
Ao contrário, porém, do comportamento adotado no Brasil – onde o problema levou quatro anos para ser solucionado (e o recurso final foi entregar a administração da empresa à JBS), na França busca-se uma solução rápida que proteja sobretudo funcionários (são cerca de 10 mil, 3,5 mil deles na França) e integrados (mais de 800). Tanto que já se acena com a entrada de pedido de concordata na próxima sexta-feira, 1º de junho.
Na semana passada a Doux já havia sido notícia na imprensa francesa. Guy Odri, CEO da empresa há quase uma década, foi demitido por Charles Doux, presidente, que reassumiu a administração do negócio entregando o cargo de CEO a seu filho, Jean Charles Doux.
Mas a mudança veio tarde demais. Pois as dívidas da Doux já estavam nas alturas. Remontam, segundo analistas locais, a cerca de 430 milhões de euros, mais de R$1 bilhão.
Estima-se que desse total, 20 milhões de euros sejam devidos ao Banco Barclays. É dívida que vence em junho próximo. Outros 90 milhões de euros vêm de contas “penduradas” junto aos fornecedores. As dívidas deixadas no Brasil são calculadas em 200 milhões de euros.
A maior parte do capital (80%) da empresa pertence à família de seu presidente e fundador Charles Doux, que agora negocia diretamente com o Barclays. Segundo se informa, a obtenção de uma concordata congelaria também os negócios da empresa no Brasil, dando mais tempo e fôlego para sua recuperação financeira.
Fonte: Avisite
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