Análise de Mercado

FAO: só carne suína se sustenta no mercado internacional

FAO observou que em fevereiro passado o índice de preços das carnes ficou em 174,9 pontos (2002/04 = 100), permanecendo praticamente inalterado em relação ao índice (revisado) de janeiro, que atingiu 174,3 pontos


Publicado em: 15/03/2012 às 17:30hs

FAO: só carne suína se sustenta no mercado internacional

Ontem (14), ao divulgar seus indicadores internacionais mensais de preços para os alimentos, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) observou que em fevereiro passado o índice de preços das carnes ficou em 174,9 pontos (2002/04 = 100), permanecendo praticamente inalterado em relação ao índice (revisado) de janeiro, que atingiu 174,3 pontos.

Entretanto, a única contribuição para essa estabilidade veio da carne suína que, de acordo com a FAO, experimentou valorização de 3,4% - um desempenho influenciado pelas elevadas compras de Hong Kong e pelos recentes surtos de doenças na suinocultura da Rússia.

Em contraste, os preços das carnes de aves, bovina e ovina sofreram algum recuo. Mas, mesmo assim, “em termos históricos, os preços das carnes ainda são elevados, encontrando-se cerca de 3% acima daqueles registrados em fevereiro do ano passado” – observa a FAO.

Neste caso, a FAO baseia-se na evolução de preços dos grãos (que em 12 meses recuaram mais de 12%) e em seu Índice Geral de Preços dos Alimentos (que agora é quase 10% menor que o de um ano atrás) para afirmar que os atuais preços das carnes são, historicamente, elevados.

Ignora-se, porém, que em relação a 2002/04 (base “100” dos atuais preços da FAO), o preço médio dos grãos aumentou mais de 125% e o Índice Geral teve evolução da ordem de 115%, enquanto o preço das carnes registra variação de não mais que 75%. Aliás, basta uma olhada no gráfico abaixo para constatar quem continua perdendo.

Fonte: AviSite

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