Análise de Mercado

Excesso de chuva faz preço de hortifruti dobrar em Maringá

Em menos de um mês, preço do tomate aumentou 128%. Alface teve variação de 118%; couve-flor e batata tiveram alta de 111%, segundo a Ceasa


Publicado em: 17/01/2013 às 11:00hs

Excesso de chuva faz preço de hortifruti dobrar em Maringá

As chuvas do mês de janeiro dobraram o preço da maioria dos hortifruti comercializados em Maringá. De acordo com Central de Abastecimento (Ceasa) da cidade, alface, couve-flor, tomate e batata foram os produtos com a maior alta registrada no último mês: cerca de 100%. Algumas culturas como o tomate, ultrapassou a alta média e atingiu a variação de 128%.

A caixa de tomate era vendida no início do mês a R$ 35. Nesta quarta-feira (16), o mesmo produto era vendido a R$80. Já a alface, que era vendida a R$ 16 a caixa é agora comercializada por R$ 35, uma variação de 118%. A caixa de couve-flor, vendida a R$ 18, custa agora R$38, alta de 111%. A batata que era vendida no início do mês a R$ 45 o saco, nesta quarta-feira (16) tinha o valor de R$85, a mesma variação de preço registrada no preço da couve-flor.

De acordo com o gerente da Ceasa Maringá, Luiz Alberto Sovierzoski, isso ocorre porque há um aumento de perda na produção causada pelo grande volume de chuvas registrado neste mês. "Tem chovido muito. Às vezes, muito forte. Isso destrói as folhas e impede que algumas verduras cresçam como o esperado. Consequentemente, aumenta a perda da produção."
 
Além disso, Sovierzoski afirma que a chuva é constante em outras regiões do estado e do país, onde estão alguns dos fornecedores da unidade. "A gente compra batata do sul do estado e de Minas [Gerais] e lá a chuva também castigou bastante. Então, o produto também chega aqui mais caro." Por isso, o gerente da unidade em Maringá explica que a alta dos preços é natural, já que o produtor precisa ter retorno do que investiu na produção. "A gente sabe que quando isso chega ao mercado, o aumento é muito alto e que o consumidor não entende. Mas não tem jeito."

O gerente explica que historicamente os meses de janeiro e junho são os de maior alta nos preços de hortifruti na região de Maringá. "Janeiro chove muito. Em junho temos o frio e a geada."

A alta incidência de chuvas deve continuar nos próximos dias e deve manter os preços altos. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, há previsão de chuva para a região de Maringá até o próximo domingo (20). Ainda segundo a Simepar, as chuvas serão constantes até o mês de fevereiro, o que é considerado normal para o período.

Fonte: Gazeta do Povo Online

◄ Leia outras notícias