Em abril passado, por uma diferença mínima, inferior a meio por cento, os preços das carnes superaram o recorde histórico. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), esse recorde havia sido atingido em novembro de 2011, mês em que o Índice de Preços das Carnes (base “100” em 2002/04) atingiu 181,051 pontos. No mês passado, esse índice subiu para 181,737 pontos.

De acordo com a FAO, participaram do aumento praticamente todas as carnes, exceto a ovina. A maior expansão ocorreu com a carne suína, seguida pela carne bovina e pela carne de frango.

Na média, no primeiro quadrimestre de 2012os preços das carnes no mercado internacional ficaram 3,5% acima da média registrada no mesmo período de 2011. Em decorrência da oferta ajustada e do ligeiro aumento da demanda, o maior índice de aumento foi obtido pela carne bovina.

Pelos dados divulgados ainda é possível constatar que, comparativamente às matérias-primas alimentares (cereais) e ao Índice Geral de Preços FAO (que abrange, além dos cereais e carnes,os lácteos, óleos e gorduras e o açúcar), as carnes tiveram o melhor desempenho em um ano, pois enquanto seu preço médio aumentou 0,70%, o preço dos cereais recuou 15,6% e o Índice Geral recuou cerca de 9%.

Porém, comparativamente aos preços vigentes dois anos atrás, as carnes continuam com grandes perdas. O gráfico abaixo deixa isso bem claro, pois enquanto o Índice Geral evoluiu perto de 26% e o preço dos cereais aumentou cerca de 45%, o incremento de preço das carnes não passou de 20%.