Publicado em: 26/02/2025 às 19:00hs
As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos enfrentam um novo impasse, desta vez envolvendo o etanol e o açúcar. O governo norte-americano estuda a imposição de novas tarifas sobre o etanol brasileiro, enquanto o Brasil busca reciprocidade no comércio de açúcar, enfrentando barreiras significativas para acessar o mercado dos EUA. A disputa pode afetar os preços, as exportações e os acordos bilaterais, alterando a dinâmica do comércio entre as duas economias.
Em fevereiro de 2025, o presidente Donald Trump anunciou o "Plano Justo e Recíproco", uma iniciativa que pretende equilibrar as relações comerciais dos EUA com outros países. Segundo o plano, os parceiros comerciais impõem tarifas desproporcionais sobre produtos norte-americanos, prejudicando a competitividade da indústria dos EUA. Trump citou como exemplo a disparidade na taxação do etanol: enquanto os EUA aplicam uma tarifa de apenas 2,5% sobre o etanol brasileiro, o Brasil impõe uma alíquota de 18% sobre o produto norte-americano.
Além disso, o plano também questiona as altas tarifas aplicadas pelo governo dos EUA sobre o açúcar brasileiro, que podem ultrapassar 80% em alguns casos, dificultando as exportações do Brasil para o mercado norte-americano. A proposta busca garantir maior equidade nas relações comerciais e proteger os interesses econômicos dos EUA.
Caso os EUA optem por impor novas tarifas ao etanol brasileiro, os impactos podem ser significativos para ambas as economias:
A disputa comercial evidencia um desafio maior para o Brasil: manter sua relevância no mercado internacional de biocombustíveis. O etanol brasileiro é reconhecido por sua baixa pegada de carbono e eficiência na redução de emissões de CO₂. Caso os EUA ampliem as barreiras tarifárias, o Brasil poderá buscar alternativas, fortalecendo suas exportações para a União Europeia e países asiáticos.
O desfecho desse embate tarifário influenciará não apenas o futuro do setor de etanol e açúcar, mas também o posicionamento das duas potências na economia global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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