Publicado em: 01/10/2013 às 10:50hs
A tese, no entanto, foi desmontada ainda em agosto, mês em que a cotação do frango vivo apresentou incremento próximo de 6% sobre idêntico mês do ano anterior. E enterrada – tudo indica, definitivamente – agora em setembro, quando o produto obteve valorização anual de, praticamente, 19%, enquanto a variação mensal superou os 20%.
É verdade que a alta não chega a surpreender, pois, afinal, o período é de entressafra [da carne bovina]. O que surpreende, sim, é o índice de aumento que, para o boi, ficou aquém dos 10% - o que reforça a impressão de que algo diferente vem ocorrendo com o frango. Mas o quê?
Embora outras justificativas venham sendo invocadas para explicar o desempenho econômico praticamente inédito do frango, a realidade é que sua situação atual é apenas reflexo (aparentemente retardado) da crise de 2012, ao qual se somaram os efeitos das fortes ondas de frio que atingiram boa parte do País no bimestre julho-agosto.
Inesperadas e intensas (nevou até em Curitiba, onde algo do gênero não era registrado há quase 40 anos), tais ondas ocasionaram perdas de pintos de corte, cuja produção vem sendo relativamente baixa (a produção do bimestre julho-agosto de 2013 foi menos de 3% superior à de dois anos atrás). E isto acontece porque, com a crise de 2012, o setor viu-se forçado a reduzir significativamente o alojamento de novas reprodutoras – daí uma capacidade de produção que, ao contrário da ociosidade de um ano atrás, hoje se encontra extremamente limitada.
Com a chegada da Primavera, as temperaturas retornam ao seu normal e, assim, desaparece um dos fatores que afetaram a oferta de frangos. Mas o fator principal – plantel reprodutor reduzido – persiste neste e pelos próximos meses. Nada impede, pois, que os preços do produto continuem evoluindo positivamente em relação ao mesmo período de 2012.
Fonte: Avisite
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