Publicado em: 18/06/2013 às 11:30hs
Tomem-se, por exemplo, os dados (estimativos) da APINCO relativos à produção brasileira de carne de frango (através dos quais se chega à disponibilidade interna do produto) e aqueles referentes ao preço diário do frango abatido resfriado negociado no grande atacado da cidade de São Paulo, coletados pela Jox Assessoria Agropecuária.
Pois ambos refletem perfeitamente a Lei de Oferta e Procura, confirmando que – salvo exceções típicas – sempre que há um aumento da oferta os preços recebidos caem; e vice-versa.
Naturalmente, essa relação seria mais bem explícita se os preços registrados fossem deflacionados. Então, se constataria que os valores ora recebidos (o de junho/13 corresponde à média da primeira quinzena do mês) embora não muito diferentes dos registrados um ano atrás, se encontram em patamares substancialmente inferiores – o que denuncia aumento sensível da oferta interna ou queda significativa da demanda. O mais provável é uma combinação dos dois fatores.
De toda forma, mesmo operando-se com os valores nominais, fica claro que há um ponto de equilíbrio a partir do qual os preços se rompem – para cima ou para baixo. E o ponto de equilíbrio sugerido pelo comportamento do setor nos 13 meses decorridos entre abril de 2012 e abril de 2013 gira em torno das 700 mil toneladas mensais.
Obviamente, não será mantendo a oferta nesse nível ou abaixo dele que a cotação do frango abatido chegará ou superará os R$3,00/kg, pois uma série de outros fatores intervém no apreçamento do produto. Mas, nas circunstâncias econômicas atuais, é certo que essa disponibilidade mensal resultará em melhor retorno ao setor.
A propósito: os dados de produção de maio ainda não foram divulgados e os de junho só serão conhecidos no mês que vem. Mas pelo “andar da carruagem” é praticamente certo que, a exemplo do ocorrido no bimestre março-abril, o volume mensal disponibilizado internamente continua superando as 700 mil toneladas mensais.
Fonte: Avisite
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