Publicado em: 26/09/2013 às 10:00hs
Impulsionadas pelas vendas de açúcar e soja, as exportações das cooperativas agrícolas brasileiras atingiram US$ 4,2 bilhões de janeiro a agosto, um aumento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic). O desempenho foi recorde para o período e mostra uma recuperação ante a redução de 2,2% registrada em igual intervalo de 2012 na comparação com o ano anterior.
A maior parte da receita com as exportações deve-se ao açúcar refinado. No total, os embarques do produto renderam US$ 783,9 milhões entre janeiro e agosto, ou 18,6% do total exportado pelas cooperativas. Em seguida aparece a soja em grão, com US$ 542 milhões ou 12,9% do total. Logo atrás estão carne de frango, com US$ 496,2 milhões, farelo de soja, com US$ 468,5 milhões, café em grão, com US$ 437,6 milhões e etanol, com US$ 389,4 milhões.
Entre os Estados, São Paulo liderou as exportações das cooperativas. Os embarques paulistas renderam US$ 1,4 bilhão entre janeiro e agosto, ou 34,3% do total. Já as exportações com origem no Paraná renderam US$ 1,2 bilhão ou 28,7%, enquanto que as exportações das cooperativas de Minas Gerais somaram US$ 422 milhões e as de Santa Catarina US$ 307 milhões.
Entre janeiro e agosto, as cooperativas agrícolas brasileiras exportaram para 173 países - em igual período do ano passado, foram 132 países. Ao todo, 147 grupos de 21 Estados do país foram responsáveis pelos embarques no período, de acordo com dados da Secex.
Apesar de ainda dependerem de destinos conhecidos como China, EUA e Países Baixos, que responderam por US$ 1,3 bilhão do total de compras, as cooperativas brasileiras se consolidam cada vez mais em mercados como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Argélia e Nigéria. Em conjunto, os destinos considerados menos tradicionais absorveram mais de um terço dos embarques totais no acumulado do ano até agosto.
Além de aumentarem as exportações, as cooperativas do país também ampliaram as importações. No período, as compras externas das cooperativas cresceram 23% na comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 275,9 milhões. Trata-se do maior número para o período em toda a série histórica, que teve início em 2007.
Desde o início da série, as importações das cooperativas apresentam comportamento irregular, tendo crescido nos anos de 2008, 2011 e 2013 e caindo nos demais.
Fonte: MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
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