Análise de Mercado

COTAÇÕES INTERNACIONAIS: La Niña na América do Sul valoriza grãos em Chicago

As adversidades provocadas pelo fenômeno La Niña às lavouras de grãos da América do Sul, sobretudo na Argentina e no Brasil, vêm oferecendo sustentação às cotações internacionais de commodities como milho, soja e trigo desde meados de dezembro


Publicado em: 06/01/2012 às 12:50hs

COTAÇÕES INTERNACIONAIS: La Niña na América do Sul valoriza grãos em Chicago

Até então a trajetória era de baixa, aprofundada a partir de setembro com a crise em países desenvolvidos e seus reflexos sobre o comportamento da demanda, inclusive em emergentes, essas commodities passaram a acumular ganhos desde então.

CBOT - Na bolsa de Chicago, principal referência para o comércio dos três produtos, que são as commodities agrícolas de maior liquidez, do dia 12 de dezembro até quarta-feira (04/01) as valorizações dos contratos futuros de segunda posição de entrega, normalmente os mais negociados, superam 10%, de acordo com o Valor Data.

 Estiagem  - Mesmo após a forte alta de terça-feira, a estiagem em regiões produtoras sul-americanas voltou a motivar a alta da soja quarta-feira (04/01)  em Chicago. A segunda posição (março) subiu 2,50 centavos de dólar e fechou a US$ 12,30. Com isso, o ganho acumulado desde 12 de dezembro chegou a 10,17%. Traders consultados pela agência Dow Jones Newswires destacaram que o fortalecimento do dólar em relação a outras moedas até limitaram a alta, mas que o temor em relação a oferta prevaleceu. Sobretudo nas bolsas americanas, o valor do dólar e o preço das commodities costumam caminhar em direção opostas, até porque o dólar fraco torna as exportações americanas mais competitivas.

 Milho  - No mercado de milho em Chicago, a tentação dos investidores em realizar lucros foi mais forte ontem. Somado ao dólar mais firme, os contratos de segunda posição (maio) caíram. Mas muito pouco, por causa do La Niña. Os papéis fecharam a US$ 6,6675 por bushel, queda de 0,25 centavo de dólar, mas ainda assim acumulam ganho de 12,2% desde o dia 12 de dezembro, conforme os cálculos do Valor Data.

 Trigo  - Ainda que pouco afetado pelas adversidades climáticas sul-americanas até agora, o trigo "pegou carona" com o milho, já que ambos podem ser usados para alguns fins semelhantes, e também subiu 12,1% de 12 de dezembro até quarta-feira. A segunda posição (maio) fechou a US$ 6,68 por bushel, baixa de centavos de dólar.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

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