Análise de Mercado

Chicago: soja recua com proximidade da colheita

O mercado interacional de soja recua nesta sexta-feira (13) na Bolsa de Chicago


Publicado em: 13/09/2013 às 16:50hs

Chicago: soja recua com proximidade da colheita

Na sessão regular de hoje, por volta das 11h20 (horário de Brasília), o recuo dos preços variava entre 5,75 e 15,25 pontos, com baixas mais intensas sendo registradas nos vencimentos mais distantes.

Apesar de ainda observar os números altistas divulgados ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os preços passam por uma correção técnica depois da forte alta registrada no dia anterior. "Hoje o mercado está mais calmo, já se consolidou nos atuais patamares de preços e esse patamar de US$ 14 por bushel em Chicago parece ser um preço que também está se consolidando", disse Glauco Monte, analista de mercado da FCStone.

Além disso, Monte diz ainda que o cenário atual é diferente do que foi visto no ano passado, quando a quebra de safra nos Estados Unidos aconteceu após uma quebra na América do Sul, as duas em função de uma estiagem, a qual agravou ainda mais a situação de aperto na oferta. Dessa forma, para o analista, os preços ainda encontram espaço para subir, porém, encontram essa limitação.

Outro fator que pressiona o mercado é a proximidade da colheita da nova safra norte-americana, fator que exerce uma pressão sazonal sobre os negócios em Chicago. "Daqui duas ou três semanas, teremos a entrada efetiva da safra dos Estados Unidos. No ano passado, mesmo com uma quebra, no momento em que entrou a safra tivemos uma pressão em cima do mercado", explica.

Por outro lado, a demanda atual e as expectativas para a mesma daqui para frente ainda são importantes fatores de sustentação para as cotações. No último reporte, o USDA manteve seus números para a demanda, principalmente por parte da China. As importações da nação asiática continuam estimadas em 69 milhões de toneladas para o ano comercial 2013/14, o que representa 10 milhões de toneladas a mais do que na temporada anterior.

"Esse é um volume de soja expressivo, a China tem que importar quase 6 milhões de toneladas por mês e dificilmente ela vai deixar de comprar, de entrar no mercado. Ela já vem comprando grandes volumes desde que os preços da soja estavam mais baixos, ela tem formado boas compras semana a semana, já se precavendo de uma situação como esta de agora", explica Glauco Monte.

Além disso, o mercado deverá trazer de volta ao foco dos negócios, segundo o analista, as condições de clima quente e seco ainda comprometendo as lavouras do Meio-Oeste americano. "Temos o final de semana agora, serão avaliados os registros de chuvas, porque a colheita da soja está para começar e ainda tem muito produto a ser desenvolvido e, por isso, o clima não deve ser esquecido pelas próximas duas semanas", diz.

Fonte: Notícias Agrícolas

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