Publicado em: 23/07/2013 às 10:10hs
No pregão eletrônico, por volta das 7h50 (horário de Brasília), os vencimentos agosto e novembro/13 operavam em queda e o setembro/13 e o março/14 em alta, porém, as oscilações eram pouco expressivas. No mesmo momento, trigo e milho recuavam e o farelo de soja registrava mais uma sessão de alta.
Enquanto os futuros da soja procuram definir uma direção, milho e trigo operam em baixa frente às previsões que indicam um clima mais ameno nos Estados Unidos nos próximos dias. Segundo o Commodity Weather Group informou nesta terça em um relatório, para as próximas duas semanas o esperado é que as temperaturas permaneçam abaixo da média de longo prazo e para os próximos 10 dias é esperado um clima muito quente para o Meio-Oeste norte-americano.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Com falta de soja nos EUA, agosto/13 passa dos US$ 15 e mercado fecha em alta- Na sessão desta segunda-feira (22), a soje encerrou os negócios com forte alta na Bolsa de Chicago. O contrato agosto terminou o dia valendo US$ 15,20 por bushel, com alta de 29,50 pontos. O setembro/13 também subiu mais de 20 pontos e terminou com US$ 13,48 por bushel.
Os holofotes do mercado ainda estão voltados para a escassez de soja nos Estados unidos que continua preocupando os investidores e os importadores e, por consequência, dando sustentação ao mercado. Nesse cenário, de uma relação de oferta e demanda cada vez mais ajustada, o mercado tem o papel de racionar as compras por meio de preços mais altos.
"O movimento do mercado é positivo muito mais apegado à disponibilidade baixa de soja que se tem nesse momento", disse Camilo Motter, economista da Granoeste Corretora de Cereais. "Ainda existe algum volume de importações e atividade industrial segue muito forte por conta da demanda por farelo e da retomada da produção de carnes, e é esse quadro de baixa disponibilidade que está sustentando o mercado", completa.
A notícia das chuvas que chegaram aos Estados Unidos não tiraram a sustentação do mercado, uma vez que vieram mais fracas do que vinha sendo esperado pelo mercado, outro fator de sustentação para as cotações.
Ao mesmo tempo, como explicou o analista de mercado Mauricio Correa, do SIMConsult, algumas especulações de que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estaria superestimando a área plantada de soja deste ano atuaram como catalisadores para as altas registradas nessa sessão.
Ainda sobre a nova safra, o mercado conta também com a expectativa de uma redução na classificação das lavouras no relatório de acompanhamento de safra do USDA desta segunda devido às altas temperaturas da semana passada e do início de desenvolvimento das lavouras. "O mercado espera uma baixa de 2 a 3 pontos percentuais", disse Correa.
As expressivas foram registradas também no mercado futuro do farelo de soja nesta segunda-feira, o qual chegou até mesmo a bater os valores de limite de alta durante o pregão. O farelo, de acordo com o analista, tem sido um dos atuais grandes direcionadores das altas do grão na CBOT devido a escassez.
"Sim, muito se fala de clima, mas verdade é que a escassez deve fazer com que o mercado busque níveis mais elevados, os mesmos níveis em que maio e julho chegaram, em torno de US$ 15,50", disse o analista.
Milho e Trigo - Na contramão do expressivo avanço da soja, o mercado do milho e do trigo fecharam o dia em campo negativo. Ambas as culturas refletiram uma ligeira melhora do clima no país e recuaram na sessão desta segunda-feira (22).
Além disso, as expectativas para os próximos 10 dias indicam chuvas para o Meio-Oeste, o que deve criar um ambiente mais favorável para o desenvolvimento das lavouras da nova safra norte-americana.
"Aparentemente, o mercado está de olho nas previsões e, caso se confirmem, muitas áreas produtivas podem indicar bons níveis de produtividade", disse o analista internacional Greg Grow, da Archer Financial Services, à agência de notícias Bloomberg.
Fonte: Notícias Agrícolas
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