Análise de Mercado

Cepea divulga boletim com análise do mercado suinícola em dezembro

A típica demanda de final de ano manteve os preços do suíno vivo e da sua carne em alta no mês de dezembro


Publicado em: 13/01/2012 às 12:40hs

Cepea divulga boletim com análise do mercado suinícola em dezembro

Os reajustes que se sucederam de meados de novembro ao final de dezembro, no entanto, não foram suficientes para que os preços nominais sequer alcancem as médias de dezembro de 2010. Em Santa Catarina, por exemplo, a média do Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq (preço ao produtor) foi 9,3% inferior à de dezembro de 2010 – sem ser considerada a inflação do período, que agravaria a perda. Para os produtores do Rio Grande do Sul e do Paraná, os valores médios em dezembro de 2011 foram 7,4% e 5% inferiores aos de igual período do ano anterior. No Sudeste, São Paulo foi o estado que registrou o maior recuo, com o Indicador 7,9% menor no encerramento de 2011; em Minas Gerais, o preço do suíno ao produtor estava 4% mais barato. Para a carne, o cenário não foi diferente. Os valores pagos pelas carcaças comum e especial, negociadas no atacado da Grande São Paulo em dezembro de 2011, tiveram médias 7,4% e 6,4% menores que as do mesmo período de 2010.

De um modo geral, em 2011, o setor suinícola passou por momentos difíceis e de muitas incertezas. No front externo, principalmente por causa da Rússia, as exportações não tiveram resultado tão bom quanto o do ano anterior. Por outro lado, o mercado interno surpreendeu. Segundo dados da Abipecs, o consumo per capita de carne suína pelos brasileiros aumentou para além da meta estabelecida, puxado pelos esforços da cadeia em promover a carne suína e também devido ao barateamento da carne.

Para 2012, as apostas seguem voltadas ao mercado doméstico. No cenário internacional, as incertezas giram em torno da crise financeira na zona do euro, da reabertura de mercados como o russo e o sul-africano e da abertura efetiva do chinês para a carne brasileira. Produtores integrados/integradores e independentes precisam, também, acompanhar atentamente o balanço entre oferta e demanda dos principais insumos da atividade – milho e farelo de soja.

Veja a análise completa.