Foi o caso do café. O contrato março do grão cedeu 0,14% na Bolsa de Nova York, para 224,85centavos de dólar por libra-peso, a despeito dos números que indicam oferta apertada entre os principais fornecedores mundiais e demanda em ascensão. O corretor Márcio Bernardo, da Newedge, disse à Dow Jones que esse fator já está embutido nos preços, mas que o café pode voltar a subir se os outros mercados continuarem num tom positivo.

As exportações de café arábica lavado da América Latina caíram 9% em dezembro, para 2,18 milhões de sacas de 60 quilos. Colômbia, El Salvador, Guatemala, Nicarágua e República Dominicana tiveram problemas com chuvas e atrasos de colheita. No lado da demanda, a Organização Internacional de Café (OIC) avaliou que o consumo mundial não será prejudicado pela desaceleração econômica e manterá taxa de crescimento anual de 1,5% em2012. "Temos um impulso muito bom em países produtores e mercados emergentes. A Índia, por exemplo, está vindo ao mercado com força", disse o brasileiro Robério Silva, diretor executivo da entidade, de acordo com a Dow Jones. Ainda em Nova York, a cotação do suco de laranja voltou a subir: 3,72%, para 191,20 centavos de dólar por libra-peso no contrato março.