Publicado em: 09/04/2025 às 12:30hs
O mês de março foi marcado por um forte aquecimento no mercado imobiliário rural brasileiro, impulsionado por grandes aquisições realizadas pela SLC Agrícola. Especializada na produção de soja, algodão e milho, a companhia realizou duas importantes compras: adquiriu 100 mil hectares da Sierentz Agro Brasil por US$ 135 milhões e outros 48 mil hectares da Agrícola Xingu, subsidiária da Mitsui, por R$ 913 milhões. Somadas, as transações ultrapassam R$ 1,7 bilhão.
Segundo Geórgia Oliveira, CEO do Chãozão — maior portal especializado em venda de terras rurais do Brasil —, o movimento da SLC teve impacto direto no mercado, elevando em cerca de 35% a procura por fazendas voltadas à produção agrícola ao longo do mês. “O mercado respondeu de forma muito positiva às aquisições da SLC. Notamos um aumento imediato na busca por propriedades voltadas ao cultivo de grãos, lavouras e afins”, destacou.
Durante março de 2025, os estados de Mato Grosso, Goiás, Maranhão e Bahia concentraram a maior parte das buscas, com foco em áreas aptas para o cultivo de soja e algodão. Atualmente, o Chãozão contabiliza um Valor Geral de Vendas (VGV) de aproximadamente R$ 350 bilhões em propriedades anunciadas. A plataforma também é responsável pela criação do ICVH (Índice Chãozão Valor do Hectare), primeira ferramenta brasileira dedicada a calcular o valor médio do hectare em diferentes regiões do país, auxiliando decisões baseadas em dados atualizados e precisos.
Geórgia avalia que o cenário confirma as boas perspectivas para o mercado de imóveis rurais, como fazendas, sítios e chácaras, até o fechamento de 2025. Ela relembra que, no segundo semestre de 2024, o setor já havia registrado uma forte movimentação, impulsionada pelo aquecimento da pecuária.
“No fim de 2024, vivenciamos uma valorização histórica da arroba do boi, o que aumentou a procura por fazendas de pecuária, especialmente por meio de arrendamentos. Em dezembro, 18% dos arrendamentos anunciados no portal eram destinados exclusivamente à atividade pecuária, enquanto outros 20% eram de dupla aptidão, também voltados ao gado. Antes, esses percentuais representavam 13% e 15%, respectivamente”, explicou.
Fonte: Portal do Agronegócio
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