Publicado em: 26/06/2012 às 10:20hs
Suíno vivo
A baixa nos preços do suíno em Mato Grosso fez o setor entrar em colapso. De acordo com dados da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o preço do quilo de venda do suíno é de R$ 1,75, o mais baixo de todo o Brasil. Comparado com São Paulo que comercializa a R$ 2,05 e Minas Gerais (R$ 2,20), os suinocultores avaliam que a produção se tornou insustentável. O produtor de Mato Grosso gasta em média R$ 2,25 com custos de produção do animal, uma desvalorização de aproximadamente 30% na venda.
Mesmo com a aprovação de linha de crédito, alguns suinocultores já desistiram de continuar na atividade, o que resultou no fechamento de várias granjas e com muitas outras à beira da falência. Os suinocultores passam pela pior crise da história.
Para o presidente da Acrismat, Paulo Lucion, os custos de produção estão tornando a atividade inviável. "Os preços dos insumos para alimentar os suínos estão muito caros. O valor do milho e da soja aumenta constantemente, já o quilo do suíno só apresenta queda", informou o presidente.
A desistência da suinocultura já é uma realidade para diversos produtores de Mato Grosso. O empresário Jackson Luiz Dulnik, que possui uma propriedade em Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá), abandonou a atividade este mês. Há três meses ele havia anunciado que se nada mudasse estaria deixando a atividade. "Eu comprava leitões para a engorda, mas infelizmente o preço do suíno está muito baixo. Estou tendo muito prejuízo, pois tenho gastos com a alimentação do animal e na hora de vender o preço não é valorizado", explicou.
Mesmo com a adesão da linha de crédito especial aprovada na última sexta-feira pelo Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/FCO), os suinocultores não estão conseguindo desenvolver as atividades. A medida garante a retenção das matrizes e abertura de crédito de custos para o suinocul tor, com uma carência maior para pagar.
De acordo com o presidente da Acrismat, a linha de crédito ameniza o colapso, porém não acaba com a crise. "Embora tenhamos conseguido o crédito, de nada adianta se o preço da produção continuar maior que o da venda do quilo do suíno. Com essa fórmula, nós vamos continuar perdendo", explicou Paulo. (Diário de Cuiabá/Suino.com)
Frango vivo
De acordo com a Embrapa Suínos e Aves, em maio passado o índice que aponta a evolução do custo de produção do frango levantado pela entidade (ICPFrango) recuou 3,14 pontos em relação ao mês anterior, ficando em 142,76 pontos (janeiro de 2010 = 100).
Essa foi a segunda vez no ano em que o órgão registrou redução de preços em relação ao mês anterior. A primeira foi em fevereiro passado. Explicando a redução, a Embrapa Suínos e Aves observa que os preços do milho e do farelo de soja no atacado para o Paraná (estado-base do ICPFrango) "sofreram pequenas alterações" e que "devido ao menor alojamento de pintinhos de um dia, o preço deste fator de produção sofreu significativa redução nos preços, cooperando sobremaneira para a baixa verificada no índice".
A redução, no entanto, ficou limitada ao mês anterior. Porque, em comparação ao mesmo mês do ano passado o ICPFrango apresentou aumento de, praticam ente, 10%.
Enquanto isso, o preço recebido pelo produtor na venda do frango vivo evoluiu apenas 6% em relação a maio de 2011. Alcançou, dessa forma, índice 107,59 pontos (janeiro de 2010 = 100) e, dessa forma, continuou– pelo quinto mês do ano – apresentando resultado oneroso comparativamente ao custo apontado. (Avisite)
Fonte: Comunicação Uniquímica
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