Publicado em: 24/09/2012 às 10:10hs
Suíno vivo
Os suinocultores de Minas Gerais comemoram a reação no preço da carne suína. O custo de produção continua alto, mas a atividade voltou a dar lucro.
Depois de quase três meses muito desanimado com a atividade, o suinocultor Saulo de Deus Vieira voltou a trabalhar mais aliviado. Os custos de produção continuam muito altos por causa do valor da soja e do milho, ingredientes usados na ração dos porcos. Mas o preço da carne também reagiu. O criador consegue uma média de R$ 3,10 pelo quilo do animal vivo. Com isso, o lucro chega a R$ 0,40 por quilo. Toda semana a granja, em Patos de Minas, entrega 650 para o abate.
"O meu custo está por volta de R$ 2,70. Com isso gente está tendo uma margem de ganhos, que nos dá uma perspectiva de conseguir fechar o ano numa situação um pouco melhor", diz Vieira.
O aumento no consumo da carne suína nas festas de fim de ano nos próximos meses anima os criadores de suínos. Além disso, o presidente da Cooperativa dos Suinocultores de Patos de Minas, Cláudio Nasser de Carvalho, diz que a abertura de novos mercados para exportação e a diminuição da oferta da carne de suíno no mercado contribuíram para que o preço esteja mais alto.
"Nós tivemos preços muito baixos nos últimos meses. Com a alta das commodities, a rentabilidade do suinocultor caiu muito. Com isso houve um grande abate de matrizes, diminuindo a oferta de cevados agora para o final do ano, contribuindo para essa recuperação dos preços que estamos vendo", diz Carvalho.
O criador Paulo Veloso, de Carmo do Paranaíba, também já percebeu as mudanças no bolso. Toda semana, a propriedade envia 800 animais para o abate. "Desde o início do ano a gente vem trabalhando no vermelho. Agora, a expectativa é que vamos sair do vermelho. Melhorou o preço e a procura aumenta também", diz.(Globo Rural)
Frango vivo
Na terceira semana de setembro, o mercado de aves vivas, conforme o dia, chegou a oscilar entre fraco, calmo e firme. Mas essa instabilidade de comportamento não foi suficiente para influenciar os preços praticados, que permaneceram estáveis em R$2,50/kg, tanto no interior de São Paulo como em Minas Gerais.
Ressalte-se, por sinal, que essa igualdade de preços é rara. Na média, Minas tem operado com um valor cerca de 10 centavos superior ao de São Paulo. No entanto, há 10 dias (espaço de tempo relativamente longo, neste caso) mineiros e paulistas convivem com a mesma remuneração.
Que, aliás, poderia ser maior e mais justa, pois a oferta de aves criadas especificamente para venda no mercado spot tem se mantido ajustada e não sofre a concorrência de produto proveniente de integrações. Tudo indica, no entanto, que o consumidor final vem sendo o grande limitador de preços – o que, se for verd adeiro, solicita redução de oferta ainda maior para que a atividade consiga obter os níveis de remuneração necessários.
Faltando, agora, menos de 100 dias para o encerramento de 2012, está claro que – forçada pelas circunstâncias – a atividade encerrará o exercício com a primeira redução da produção em décadas (nas duas últimas crises, a da Influenza Aviária em 2006 e a da economia mundial em 2008, a produção não caiu, permaneceu estável em relação ao ano anterior).
Estima-se, no momento, que essa redução ficará em torno de 7% a 10%. Mas como isso pode continuar sendo insuficiente para repor a atividade nos trilhos, o recomendável é não se aventurar e manter o volume produzido sob estrito controle. (Avisite)
Ovos
Convivendo com um mercado consumidor cuja demanda apresentou aquelas características típicas de toda segunda quinzena de mês – isto é, forte desaceleração das compras – o ovo conseguiu, a duras penas, manter na terceira semana de setembro a mesma cotação vinda do final de agosto. E como, nestes seis dias finais de negócios do mês, são mínimas as possibilidades de variação dos preços praticados, tende a completar mais de 30 dias com preços inalterados e com o mesmo valor registrado em várias ocasiões do primeiro semestre.
O único senão, neste caso, é que agora as condições de produção são bem diferentes daquelas experimentadas na primeira metade do ano. No início de junho, por exemplo, o ovo também chegou a ser comercializado pela mesma cotação atual. Mas, então, o milho era adquirido por um valor pelo menos 22% inferior ao atual, enquanto o preço do farelo de soja era quase um terço inferior. Ou seja, em pouco mais de um trimestre, o poder de compra do produtor sofreu violenta deterioração.
Na abertura do segundo semestre essa deterioração ainda não era observada, pois, concomitante à alta dos custos, o ovo obteve, em julho, sua melhor cotação nominal do ano. Mas em agosto e setembro, o que aparentava ser um ganho dissipou-se totalmente. Com isso, setembro vai sendo encerrado com uma cotação média cerca de 8% menor que a de julho e agosto.
Note-se, no caso, que não há nenhuma anormalidade nesse tipo de comportamento: os efeitos sazonais na produção do ovo fazem com que, normalmente, o produto alcance em setembro o menor preço do terceiro trimestre do ano. Mas como as condições de produção mudaram, são necessárias mudanças no processo produtivo. Em outras palavras, reduzir a produção é fundamental, do contrário a sazonalidade vai fazer aumentar ainda mais a distância entre custo e preço. (Avisite)
Ovos brancos
Ovos vermelhos
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 95,84 com a variação em relação ao dia anterior de 0,32%. A variação registrada no mês de Setembro é de 1,60%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 47,35.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 90,00. O mercado apresentou uma variação de 0% em relação ao dia anterior. O mês de Setembro apresentou uma variação de -1,33%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 44,47. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 31,81 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,78% em relação ao dia anterior e de -3,69% no acumulado do mês de Setembro.
O valor da saca em dólar fechou a semana em US$ 15,72.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Fonte: Comunicação Uniquímica
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