Análise de Mercado

Análise de Mercado - 23 de Julho de 2012

Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos


Publicado em: 23/07/2012 às 10:10hs

Análise de Mercado - 23 de Julho de 2012

Suíno vivo

A liberação do embargo argentino à carne suína brasileira, anunciada no início de julho desse ano, deve trazer reflexos na exportação  do produto em Mato Grosso do Sul. O mês de junho apresentou queda de 45,4% na receita em relação a maio, caindo de US$ 4,3 milhões de dólares para US$ 2,3 milhões de dólares. O Estado embarcou 911 toneladas, uma diminuição de 5,73% sobre 967 toneladas exportadas em junho de 2011 e uma retração de 20% do valor negociado.

Segundo avaliação da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - Famasul, o resultado é reflexo da baixa demanda externa e aumento de abates dos animais. "Até o final de junho, os mercados com a Rússia, África do Sul, Albânia e principalmente a Argentina, um dos maiores compradores, estavam suspensos. Em junho também obtivemos maior oferta de animais para o abate, o que também dificultou o escoamento e baixou os preços". analisa Adriana Mas carenhas, economista e assessora técnica da Famasul.

O aumento de abates de animais foi de 14,51%, subindo de 85,9 mil animais ofertados em junho de 2011 para 98,3 mil em junho desse ano. No acumulado de 2012, o crescimento é de 14,7%. "O que preocupa, diante desse aumento, é o custo de produção. Os preços altos da soja e milho impactam na ração e isso vem diminuindo a margem de lucro do produtor", aponta Adriana.

A expectativa para os próximos meses é de melhora da crise no setor. "A Argentina voltou a comprar em julho, após a liberação do embargo às carnes suínas brasileiras. Isso vai refletir já no final de julho", aponta. O país vizinho era, até fevereiro deste ano, quando adotou a restrição, o quarto maior comprador da carne suína do Brasil. De 3,5 mil toneladas, passou a comprar apenas 500 toneladas. No total, 75% do que era produzido no Brasil, era vendido diretamente para a Argentina.

As informações sobre abate, exportação e preços da suinocultura, bovinocul tura e avicultura relativos ao mês de março estão disponíveis no Boletim Casa Rural, que agrega ainda informações sobre agricultura. O Boletim pode ser acessado no site da Famasul. (CNA/Suino.com)

  • GO R$2,00
  • MG R$2,60
  • SP R$2,03
  • RS R$2,37
  • SC R$1,70
  • PR R$1,98
  • MS R$2,00
  • MT R$2,12


Frango vivo

Após duas baixas sucessivas de cinco centavos cada na segunda semana do mês (isto é, ainda na primeira quinzena de julho), o frango vivo comercializado no interior de São Paulo permaneceu com o preço estável em R$1,80/kg.

Isso, porém, não refletiu o exato comportamento do mercado, extremamente frágil. Tanto que boa parte das negociações foi efetivada a valores inferiores à referência atual.

Supondo-se, porém, que todas as transações continuem tendo a mesma base referencial, constata-se que o ganho que vinha sendo registrado em relação ao mês anterior e a idêntico mês do ano passado vem se diluindo rapidamente.

Dessa forma, comparativamente a julho de 2011, o preço médio atual é, nominalmente, 5,04% superior e, dessa forma, mal acompanha a inflação do período. Idêntica conclusão pode ser aplicada à variação mensal (julho/12 em relação ao mês anterior), ora em 0,35%, praticamente o mesmo índ ice de um dos indicadores prévios da inflação oficial no mês, o IPCA-15, que fechou em 0,33%.

Porém, o que mais pesa sobre a atividade e já começa a ocasionar a desestruturação do setor são além dos preços das matérias-primas, as dificuldades de abastecimento, em especial do farelo de soja. Este, em um ano, já está com o preço mais do que dobrado e, mesmo assim, não é encontrado na disponibilidade necessária. Já o milho, cuja safra brasileira é recorde, vem sofrendo verdadeira explosão de preços com as notícias da quebra de safra norte-americana. Em 30 dias, já aumentou mais de 40%.

Como isso inviabiliza a produção do frango (sobretudo no momento em que a demanda interna e externa é recessiva) e o consumidor não tem condições de absorver o aumento de custo enfrentado, as entidades da classe começam a atuar junto ao governo federal na busca de mecanismos que minimizem a situação atual.

Conta-se com uma pronta ação do poder público. Mas, a esta altura, as medidas, emb ora bem-vindas, talvez sejam tardias, pois representativa parcela do sistema produtivo já foi profunda e irremediavelmente afetada. (Avisite)

  • SP R$1,80
  • CE R$2,45
  • MG R$1,80
  • GO R$1,85
  • MS R$1,85
  • PR R$1,90
  • SC R$1,90
  • RS R$1,90


Ovos

Na terceira semana de julho o ovo registrou três reajustes de preços quase sucessivos – o primeiro, na terça-feira, o segundo na quarta e o último no sábado. Todos pequenos, de R$1,00/caixa cada, o que significa pouco mais de três centavos por dúzia. Mas o suficiente para garantir que julho corrente seja o melhor mês da história do setor.

Mas se considerados, apenas, os valores nominais registrados - fique claro.

Mas a atual valorização do ovo ganha maior dimensão por, pelo menos, quatro razões principais:

(1º) está ocorrendo em mês em que, normalmente, os preços recuam em relação ao mês anterior. Na média dos últimos 10 anos, a cotação média atingida pelo ovo em julho tem sido cerca de 5% inferior à de junho. No momento está 2,25% acima e tende a fechar o mês com um valor pelo menos 3,5% superior;

(2º) acontece em período de férias e, portanto, não conta com o consumo (sempre significativo) da merenda esc olar;

(3º) os ajustes obtidos ocorreram na segunda semana do mês, período pouco ou nada favorável para acertos do gênero.

(4º) segue caminho inverso ao de outras proteínas animais (as carnes de boi, suíno e frango), cujos preços estão em retrocesso ou, no máximo, estáveis mas abaixo do custo.

Obviamente, nada disso está acontecendo por acaso. Resulta, pura e simplesmente, do equilíbrio entre oferta e procura, fator básico na obtenção de um justo preço.

Mesmo assim, o setor produtivo não deve deixar de observar que caminha sobre uma linha muito tênue: os custos continuam evoluindo celeremente e podem, na presente velocidade, tornar a produção novamente onerosa, como já ocorreu em diversas ocasiões anteriores e é observado agora na avicultura de corte.

Daí a sugestão de máxima atenção. Pois qualquer desequilíbrio entre disponibilidade e consumo pode ocasionar retrocessos que dificilmente o setor irá suportar. (Avisite)

Ovos brancos

  • SP R$55,00
  • RJ R$58,50
  • MG R$64,00

Ovos vermelhos

  • MG R$67,00
  • RJ R$61,50
  • SP R$58,00


Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 89,69 com a variação em relação ao dia anterior de -0,79%.  A variação registrada no mês de Julho foi de -3,24. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 44,29.Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

  • Triangulo MG R$88,00
  • Goiânia GO R$84,00
  • Dourados MS R$85,00
  • C. Grande MS R$86,00
  • Três Lagoas MS R$86,00
  • Cuiabá MT R$82,50
  • Marabá PA R$86,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

 
Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 84,15. O mercado apresentou uma variação de 1,88% em relação ao dia anterior. O mês de Julho apresentou uma variação de 15,27%.O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 41,56. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • R. Grande do Sul (média estadual) R$74,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$72,50
  • Mato Grosso (média estadual) R$71,00
  • Paraná (média estadual) R$84,15
  • São Paulo (média estadual) R$76,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$74,50
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$73,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$75,00


Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 31,18 a saca. O mercado apresentou uma variação de 2,84% em relação ao dia anterior e de 29,54% no acumulado do mês de Julho. O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 15,40.O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • Goiás (média estadual) R$22,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$24,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$22,50
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$22,00
  • Paraná (média estadual) R$27,00
  • São Paulo (média estadual) R$31,18
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$30,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$28,50

Fonte: Comunicação Uniquímica

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