Análise de Mercado

Análise de Mercado - 21 de Agosto de 2012

Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos


Publicado em: 21/08/2012 às 11:20hs

Análise de Mercado - 21 de Agosto de 2012

Suíno vivo

Como está a suinocultura hoje? Esta é a pergunta que muitos brasileiros e catarinenses estão fazendo neste momento, já que as notícias do mercado indicam reação. E quem pode responder é o produtor. "O que a gente vê é um mercado incerto. Então ninguém pensa em ampliar e crescer, pois tem muita conta atrasada. Hoje, o preço do suíno gira em torno de R$ 2,40 o preço do milho está R$ 35,00 a saca. Antes o preço do suíno era de R$ 1,90 e o preço do milho R$ 25,00. Então não conseguimos ver lucros neste cenário", afirma o suinocultor de Santa Catarina, Cláudio Rovani. O mercado da carne suína está em processo de reação, mas ainda lenta e insuficiente para a recuperação. Crise intensa ao longo dos últimos cinco anos que fez muita gente parar no caminho. "Vimos muitos amigos e colegas serem obrigados a desativar as propriedades. É difícil", descreve. Difícil foi segurar as pontas. "Consegui manter a propriedade porque reduzimos custos, diminuindo o plantel, fazendo novas dívidas nos bancos", conta Rovani.

A crise da suinocultura, que provocou o fechamento de pelo menos 400 granjas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ainda está presente, pois os insumos ainda estão altos demais, e não há uma política de garantia de preço mínimo, prometida pelo Governo Federal. A reação de mercado é conseqüência da própria crise e do fechamento de centenas de propriedades. Mas os produtores temem que seja passageira, e que tudo voltará a ficar ainda mais difícil. "Eu não indico ninguém a entrar na suinocultura, muito menos a ampliar plantel. Também não indico ninguém a aceitar ofertas de grandes propriedades com milhares de matrizes, pois sabemos que lá na frente, essa pessoa não vai conseguir manter a granja", finaliza Rovani.

A Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS) mantém a luta pela regulamentação da atividade. "A reação existe, mas ainda precisamos de equilíbrio. O preço dos grãos est á alto demais e não compensa a produção. A suinocultura precisa se desenvolver, através da redução de custos, e não devido ao aumento de plantel. O que queremos é qualidade de vida para esses trabalhadores", completa o presidente da entidade, Losivanio Luiz de Lorenzi. (Suino.com)

  • GO R$3,70
  • MG R$3,70
  • SP R$2,57
  • RS R$3,01
  • SC R$2,70
  • PR R$3,20
  • MS R$2,00
  • MT R$2,46


Frango vivo

Notícias sugerindo a estabilização de preços das matérias-primas como as divulgadas em clipping, ontem, pelo AviSite (vide " Alta dos grãos perde fôlego em agosto "), deixam a falsa impressão – especialmente em quem não tem intimidade com a produção animal – de que as dificuldades enfrentadas pelos criadores estão superadas.

Não é bem assim. A velocidade de aumento dos preços diminuiu tanto nos EUA como aqui e, em alguns casos, registra-se até ligeira queda em relação a períodos anteriores. Mas a alta variação no decorrer do tempo persiste, corroendo, no caso aqui analisado, a anterior capacidade aquisitiva do frango produzido no Brasil. A tabela abaixo deixa isso muito claro.

Mesmo com as altas mais recentes, nos últimos 12 meses o valor recebido pelo frango vivo evoluiu 15%, enquanto o preço pago, por exemplo, pelo farelo de soja evoluiu 116%. É verdade, neste caso, que o incremento de preço do milho (+11%) foi menor que o do frango (+15%) mas, em contrapartida, nos últimos dois anos os reajustes de preços do milho somam 64%, contra menos de 50% do frango. E o farelo de soja permanece com mais do dobro do custo de dois anos atrás.

O principal efeito disso pode ser observado no "pacote" de milho e farelo de soja montado pelo AviSite e contendo duas para uma partes das duas matérias-primas, como ocorre nas rações comerciais para frangos. Como se constata pelo gráfico, tanto em agosto de 2010 como em agosto de 2011, frango vivo e "pacote" se equivaliam. Assim, por exemplo, uma tonelada de frango vivo permitia adquirir cerca de uma tonelada do "pacote" contendo duas partes de milho e uma parte de farelo de soja.

Em agosto corrente, com a fortíssima desaceleração da oferta (reflexo da impossibilidade de manter-se a produção anterior devido ao alto custo de arraçoamento), a cotação do frango vivo já evoluiu mais de 25%. Mas isso não representa "refresco" para o produtor: para adquirir o mesmo volume de milho e farelo de soja de um ou dois anos atrás ele, agora, precisa 27% mais frangos.

Esse adicional – ressalve-se e destaque-se – considera que o frango atualmente produzido tenha o mesmo peso do frango abatido um ano atrás. Mas como, para recuperar preço, o setor vem antecipando os abates e com isso reduzindo o peso médio das aves produzidas, a proporção se torna bem maior. (Avisite)

  • SP R$2,40
  • CE R$2,60
  • MG R$2,50
  • GO R$2,00
  • MS R$1,95
  • PR R$1,90
  • SC R$2,05
  • RS R$2,05


Ovos

Com os preços em processo de quedas, o mercado inicia a semana com as vendas fracas devido exclusivamente ao período do mês.

Com os custos de produção elevados e preços de ovos reduzindo, cabe ao produtor reduzir imediatamente ao máximo as ofertas, eliminando assim seus plantéis mais velhos.

Mas continuamos a afirmar, reduções nos preços neste momento, trará sérias consequências não só ao produtor, mas ao próprio mercado em breve. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos

  • SP R$55,00
  • RJ R$60,00
  • MG R$65,00

Ovos vermelhos

  • MG R$68,00
  • RJ R$63,00
  • SP R$58,00


Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 89,98, com a variação em relação ao dia anterior de 0%.  A variação registrada no mês de Agosto é de 0,16%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 44,59.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

  • Triangulo MG R$88,00
  • Goiânia GO R$85,00
  • Dourados MS R$84,00
  • C. Grande MS R$85,00
  • Três Lagoas MS R$86,00
  • Cuiabá MT R$81,00
  • Marabá PA R$85,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00


Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 83,63. O mercado apresentou uma variação de -0,44% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresenta uma variação de -0,84%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 41,44. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • R. Grande do Sul (média estadual) R$80,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$79,50
  • Mato Grosso (média estadual) R$74,00
  • Paraná (média estadual) R$83,63
  • São Paulo (média estadual) R$82,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$74,50
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$79,00
  • Minas Gerais (média estadual) R$78,50


Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 32,92 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,54% em relação ao dia anterior e de -0,78% no acumulado do mês de Julho.

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 16,31.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • Goiás (média estadual) R$25,00
  • Minas Gerais (média estadual) R$29,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$25,50
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$27,50
  • Paraná (média estadual) R$33,35
  • São Paulo (média estadual) R$32,92
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$34,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$33,00

Fonte: Comunicação Uniquímica

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