Publicado em: 12/07/2012 às 11:10hs
Suíno vivo
A situação dos suinocultores brasileiros parece ficar cada vez pior e muitos se perguntam: qual o limite das desvalorizações do animal vivo? Em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços pagos pelo quilo do suíno chegam a ser menores que valor pago pelo quilo do frango vivo.
Em junho, o Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ recuou 9% em São Paulo, encerrando o mês a R$ 1,92/kg. Os Indicadores de Minas Gerais e Paraná caíram 8% no mês, a R$ 2,15/kg e R$ 1,79/kg, respectivamente, no dia 29. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, as quedas foram de 4%, com o quilo a R$ 1,84 e a R$ 1,86, respectivamente, no final de junho.
Em algumas regiões do Sul do País, os preços pagos ao produtor independente chegam a apenas R$ 1,50/kg, com o frigorífico buscando o animal na propriedade. Já o valor pago pelo frango vivo em Toledo (PR), por exemplo, foi de R$ 1,76/kg na média de junho, sendo que, no encerramento do mês, o preço médio já era de R$ 1,85/kg.
As desvalorizações do suíno vivo no correr de junho chegam a ser, inclusive, superiores às registradas em junho do ano passado, quando os preços também estavam recuando. Naquele momento, o mercado suinícola estava fortemente pressionado, devido à interrupção dos embarques para a Rússia, o que fez com que a disponibilidade interna da carne aumentasse.
Agora, em 2012, o motivo das quedas é a demanda doméstica enfraquecida associada à maior oferta de animais por parte dos suinocultores. Diante deste cenário de queda generalizada, associações de suinocultores têm se mobilizado, em busca de um preço justo para produzir, mas o fato é que as cotações do suíno ainda não dão sinal de recuperação. Para agravar o contexto doméstico atual, dados da Secex indicam queda nos embarques de carne suína in natura em junho e os preços do farelo de soja não param de subir. (Suino.com)
Frango vivo
Dois anos atrás, em julho de 2012, ao vender uma tonelada de frango vivo, o produtor do interior de São Paulo recebeu em média, no mês, R$1.570,00. Era um valor R$20,00 maior que o necessário para adquirir um "pacote" de milho e farelo de soja (contendo 3 t de milho e 1 t de farelo de soja, proporção aproximada adotada na ração de um frango), então custando R$1.550,00 a tonelada.
Desde então e até dezembro de 2011, excetuados alguns momentos críticos para o frango, essa proximidade de preços se manteve relativamente constante. Mas rompeu-se de vez a partir de janeiro do ano corrente. Primeiro, porque o preço do frango vivo retrocedeu de forma significativa, retornando a um valor muito próximo daquele registrado em julho de 2010. Depois, porque começou a explosão de preços das matérias-primas – inicialmente, do farelo de soja; agora, também do milho.
A realidade é que, por enquanto (isto é, at é ontem), o milho (que até recentemente vinha apresentando recuo de preços) volta a alcançar os mesmos altos preços de um ano atrás e registra em apenas três meses aumento próximo de 20%. Já o farelo de soja se encontra, no momento, com um valor 100% superior ao de julho do ano passado.
Em síntese: enquanto no final de 2011 uma tonelada de frango vivo conseguia adquirir um "pacote" de milho/soja e deixava um "troco" de R$70,00, agora estão sendo necessários pelo menos 1.431 kg de frango vivo (ou 43% a mais) para adquirir o mesmo "pacote". (Avisite)
Ovos
Mesmo com muitos produtores trabalhando com preços acima dos divulgados por informativos, o mercado está encontrando muita dificuldade em ser abastecido perfeitamente.
Nota-se que o cenário é o mesmo em todas as regiões produtoras do país. Não há mercadoria suficiente entre produtores pequenos, médios e inclusive os maiores.
O não reajustes nos preços, logicamente, está sendo muito bem manipulados por poucos neste momento. E o interessante que os informativos são facilmente enganados por estes poucos. (Com Informações do Mercado do Ovo)
Ovos brancos
Ovos vermelhos
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 91,22, com a variação em relação ao dia anterior de -0,92%. A variação registrada no mês de Julho é de -1,59%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 44,8.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 79,00. O mercado apresentou uma variação de 0,93% em relação ao dia anterior. O mês de Julho apresenta uma variação de 8,22%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 38,8. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 25,40 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,74% em relação ao dia anterior e de 5,53% no acumulado do mês de Julho.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,48.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Fonte: Comunicação Uniquímica
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