Análise de Mercado

Análise de Mercado - 06 de Novembro de 2012

Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos


Publicado em: 06/11/2012 às 12:10hs

Análise de Mercado - 06 de Novembro de 2012

Suíno vivo

O limão siciliano é o culpado do momento em novo impasse nas exportações de carne suína brasileira para a Argentina. O governo argentino voltou a suspender a emissão de declarações juradas de antecipação de importação (DJAI), documento criado em fevereiro que, na prática, significa uma autorização caso a caso para as compras do país no exterior.

O problema será discutido entre técnicos dos dois governos no dia 8, em São Paulo. Do lado brasileiro deverá participar da reunião a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Pela Argentina, estará a secretária de Comércio Exterior, Beatriz Paglieri, ou o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno.

Em outubro, a venda de carne suína do Brasil para a Argentina foi de 2.370 toneladas (US$ 8,1 milhões), piso desde junho, e só se manteve nesse patamar porque os importadores ainda estão utilizando DJAIs emitidas em julho e agosto. Em setembro, foram 3.2 69 toneladas.

No governo brasileiro, a expectativa é que a partir de novembro as exportações se reduzam a ponto de voltar a afetar o abastecimento interno na Argentina. O país atende apenas 80% de seu consumo aparente de 360 mil toneladas e o Brasil é a origem de 85% das importações.

"Só as indústrias brasileiras instaladas na Argentina conseguem licença para importar do Brasil, porque também são exportadoras. Os exportadores de menor porte, sobretudo no Rio Grande do Sul, não conseguem fechar novas remessas", disse Pedro de Camargo Neto, diretor executivo da Abipecs, que reúne os exportadores brasileiros da área.

Segundo integrantes do governo brasileiro, o secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, teria alegado a importadores que o Brasil descumpriu promessa feita em junho de voltar a permitir a entrada de limões sicilianos no Brasil. O limão siciliano é produzido em uma única Província da Argentina, Tucuman, e é pouco consumido no Brasil. Em 2011, a Argentina vendeu US$ 17 milhões em limão para o mercado brasileiro. Neste ano, nada.

Mas os próprios negociadores brasileiros suspeitam que a defesa das exportações argentinas de limão seja um pretexto. A razão é a pouca relevância do negócio. A venda de cítricos argentinos ao Brasil em 2011 é dez vezes inferior ao que o mercado brasileiro adquiriu em peras e maçãs da Argentina apenas este ano.

No início de outubro, o ministro brasileiro da Agricultura, Mendes Ribeiro, se reuniu com o embaixador argentino em Brasília, Luis Maria Kreckler, para anunciar um acordo para destravar o comércio. Nele, o Brasil se comprometeu a revogar portarias que afetavam o comércio de peras e maçãs e acelerar as análises técnicas para a reabertura do mercado de cítricos aos argentinos.

O comércio já esteve travado de fevereiro a junho, e chegou a se resumir a 94 toneladas vendidas em maio. Os problemas com a carne suína brasileira voltaram em setembro, com a resistência do Bras il em abrir o mercado a crustáceos argentinos. (Valor Econômico)

  • GO R$3,70
  • MG R$3,70
  • SP R$2,83
  • RS R$3,21
  • SC R$2,95
  • PR R$2,83
  • MS R$2,00
  • MT R$2,70


Frango vivo

Ontem, ao ser comercializado por R$2,50/kg no interior paulista, o frango vivo registrou um novo recorde: o de estabilidade de preço. Como a cotação atual vem sendo praticada desde 13 de setembro passado, nesta segunda-feira, 4, completaram-se 54 dias sem variação da cotação diária, superando-se dessa forma o recorde anterior, observado poucos meses atrás - 53 dias, entre março e abril deste ano.

A expectativa, agora, é a de que esse recorde se esgote o mais rapidamente possível, porquanto passados quase dois meses com o mesmo preço, o que permanece sem alteração é o valor nominal do frango vivo, não seu valor real, hoje muito mais defasado. Em especial porque sua principal matéria-prima, o milho, então em baixa, voltou a subir e agora se encontra, novamente, com valores próximos do recorde mais recente.

A corrente semana, de pagamento de salários, é propícia a reajustes, pois enquanto a o ferta permanece equilibrada (por ora, o produto disponível é aquele voltado especificamente para o mercado spot) a demanda tende a um natural aumento.

Parece, porém, que a última palavra acerca de qualquer aumento será dada pelo setor varejista que, em outubro, brindou a avicultura com um preço menor que o de setembro. Assim, por exemplo, ainda que o preço mínimo do mês no atacado paulistano não tenha recuado tanto quanto no mês anterior (no grande atacado da cidade de São Paulo, mínimo de R$3,08/kg no final de outubro, enquanto o mínimo de setembro chegou a R$3,03/kg), a contrapartida foi um preço máximo inferior ao do mês anterior (máximo de R$3,35/kg em setembro e de R$3,30/kg em outubro).

Isso, note-se, enquanto o preço ao consumidor permanecia em ascensão, segundo valores divulgados pelo Procon-SP para o varejo da cidade de São Paulo.

Ontem, no atacado de São Paulo, o frango abatido resfriado apenas retornou aos preços de mais de 30 dias atrás. (Avisite)

  • SP R$2,50
  • CE R$3,00
  • MG R$2,55
  • GO R$2,35
  • MS R$2,35
  • PR R$2,45
  • SC R$2,45
  • RS R$2,45


Ovos

Com uma forte demanda, a semana inicia com as ofertas muito equilibradas e com muitos argumentos dos produtores para que aconteçam reajustes imediatos nos preços.

Além das altas do milho, soja, farinha de carne, agora é a vez das caixas, embalagens, premix, etc.(Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos

  • SP R$52,00
  • RJ R$57,00
  • MG R$60,00

Ovos vermelhos

  • MG R$63,00
  • RJ R$60,00
  • SP R$55,00


Boi gordo


A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 97,02, com a variação em relação ao dia anterior de -0,27%.  A variação registrada no mês de Novembro é de -0,20%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 47,67.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

  • Triangulo MG R$90,00
  • Goiânia GO R$94,00
  • Dourados MS R$92,00
  • C. Grande MS R$95,00
  • Três Lagoas MS R$92,00
  • Cuiabá MT R$86,50
  • Marabá PA R$95,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00


Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 75,73. O mercado apresentou uma variação de 0 em relação ao dia anterior. O mês de Novembro apresenta uma variação de 0%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 37,21. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • R. Grande do Sul (média estadual) R$86,00
  • Goiás - GO (média estadual) R$83,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$77,00
  • Paraná (média estadual) R$75,73
  • São Paulo (média estadual) R$85,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$82,00
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$82,00
  • Minas Gerais (média estadual) R$84,00


Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 33,08 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,09% em relação ao dia anterior e de 1,50% no acumulado do mês de Novembro.

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 16,25.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • Goiás (média estadual) R$24,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$28,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$25,50
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$27,50
  • Paraná (média estadual) R$31,22
  • São Paulo (média estadual) R$33,08
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$34,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$33,00

Fonte: Comunicação Uniquímica

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