Publicado em: 03/09/2012 às 10:10hs
Suíno vivo
Produtores de carne suína de Mato Grosso já planejam ocupar espaços do mercado brasileiro deixados por Santa Catarina. Isso porque o Estado sulista obteve aval para direcionar a partir de 2013 parte da sua produção para o Japão, o que deve diminuir o fornecimento dentro do país. O fato de o Estado mato-grossense não ter status de zona livre da aftosa sem vacinação, assim como Santa Catarina, impede, pelo menos agora, a exportação da mercadoria regional para o Oriente.
Suinocultores regionais pressionam, todavia, o governo federal para que busque a abertura de outros novos mercados, como já ocorre com a Ásia. Somente para a China, as exportações estaduais cresceram em julho 95,9% frente junho, salto de 223 toneladas para 437 toneladas e em comparação a julho de 2011 o acréscimo foi de 14,3%. Apesar da melhora, os produtores ainda amargam prejuízos. Neste mês, o preço pago pelo suíno vivo voltou a cair depois q ue o consumidor reduziu a compra da carne devido ao aumento de preço nos supermercados. O encarecimento é fruto da alta no valor da ração provocada pela falta de milho no mercado. (Suino.com)
Frango vivo
Em agosto de 2012 o frango vivo comercializado no interior de São Paulo atingiu não só a maior cotação diária de todos os tempos – R$2,40/kg entre os dias 14 e 31 – como também obteve um preço médio recorde – perto de R$2,30/kg no mês, valor 10,41% e 23,84% superior aos registrados há um ano e há um mês ou, respectivamente, em agosto de 2011 e em julho de 2012.
Para quem olha de fora foi um bonito desempenho. Pois os resultados registrados não expõem o fato de que o setor precisou fazer "das tripas coração" para obter essa valorização e, quando muito, amenizar ligeiramente os efeitos da alta dos custos das matérias-primas sobre a atividade.
Mas, embora recordes, os valores alcançados ainda estão longe de proporcionar a estabilidade do setor. Talvez nunca cubram os prejuízos enfrentados, que se acumularam no primeiro semestre e explodiram de julho para cá com o aumento estratosférico dos dois in sumos básicos do setor, milho e farelo de soja. Ou seja: muitas empresas ainda podem ter de abandonar a atividade. Pois a recuperação demanda tempo e as dívidas estão aí, para ser pagas já. Ou ontem.
Isso, naturalmente, afeta também a produção de curto, médio e longo prazo. Pois a cadeia do frango não é atividade cuja produção pode ir para a prateleira à espera de melhores tempos: é um "moto-contínuo" que solicita investimentos permanentes e que solicita o funcionamento normal de todas as suas engrenagens. Quando uma falha, todo o processo acaba prejudicado.
O que se quer dizer é que, ao contrário das inúmeras crises experimentadas pelo setor, esta deixará profundas e talvez incuráveis cicatrizes. Que, infelizmente, se refletirão também na oferta vindoura do produto – como, aliás, vaticinou o AviSite há pouco mais de um mês ao observar que o País pode estar dizendo adeus à posição ocupada entre os grandes produtores mundiais de carne de frango (vide " Bye, bye, Brasil. ..").
Por sinal, apesar de tudo que tem enfrentado, até aqui o setor continua ao Deus dará. (Avisite)
Ovos
Com a chegada da segunda quinzena do mês começaram a frustrar-se as expectativas de que o ovo alcançaria, em agosto, a melhor cotação do ano e de todos os tempos: perdendo 7,5% de seu preço em menos de duas semanas, o produto terminou o mês com um valor médio inferior ao do mês anterior e apenas a segunda melhor cotação de 2012.
Cumpriu-se, dessa forma, a sazonalidade que caracteriza tradicionalmente a comercialização do ovo: recuperação de preços em junho, com a chegada do inverno; e retrocesso a partir de agosto, com a aproximação da primavera. Algo absolutamente aceitável em condições normais de mercado; mas sem dúvida catastrófico nas condições atuais de produção.
Por sinal, mencionar que o ovo alcançou no bimestre passado seus melhores preços de todos os tempos só é válido se considerarmos seu valor nominal. Pois há menos de ano e meio atrás, em abril de 2011, sua cotação média ficou em R$52,88/caixa. Comp ute-se nesse valor a inflação acumulada no período e se concluirá que não há ganho algum atualmente.
Muitíssimo ao contrário. Pois, entre abril de 2011 e agosto de 2012, enquanto a remuneração obtida pelo ovo registrou variação pouco superior a meio por cento, o custo do milho apresentou incremento de 16% e o do farelo de soja de (estratosféricos!) 136,5%. Ou seja: se lá atrás pouco mais de 20 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de milho e um tonelada de farelo de soja, hoje, para o mesmo volume de matérias-primas, são necessárias 37 caixas de ovos, 80% a mais!!!
Na avicultura de corte, para conseguir reaproximar o preço recebido pelo frango dos custos de produção, o setor produtivo reduziu o volume de aves alojadas e, principalmente, reduziu o tempo de criação, com isso gerando oferta de carne mais compatível com o momento enfrentado. Na avicultura de postura, a única saída é descartar poedeiras mais velhas. Talvez, porém, nem esse mecanismo ajude a atividade a rec uperar preços, pois, nesta época do ano, cresce a oferta (e a concorrência) de produto proveniente de pequenas criações paralelas.
Sem apoio oficial, o setor de postura corre o risco de enfrentar problemas maiores que os da cadeia do frango. (Avisite)
Ovos brancos
Ovos vermelhos
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 94,33 com a variação em relação ao dia anterior de 1,68%. A variação registrada no mês de Agosto é de 5%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 46,47.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 91,21. O mercado apresentou uma variação de 0,99% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresentou uma variação de 8,15%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 44,93. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 33,03 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,33% em relação ao dia anterior e de -0,45% no acumulado do mês de Agosto.
O valor da saca em dólar fechou a semana em US$ 16,27.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Fonte: Comunicação Uniquímica
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