Publicado em: 02/04/2012 às 10:15hs
Suíno vivo
Em 2011, foram abatidos 34,9 milhões de suínos, aumento de 7,2% em relação ao ano anterior. A Região Sul continuou sendo a principal região abatedora de suínos em 2011, respondendo por 65,9% do abate nacional. Santa Catarina liderou com 26,4% do abate nacional de suínos, seguida do Rio Grande do Sul (18,0%) e Paraná (16,6%). O Paraná se destacou pelo maior crescimento entre as Unidades da Federação frente a 2010, tendo abatido 1,2 milhões de cabeças a mais, um crescimento de 22,2%. (IBGE)
Frango vivo
Após valorização de mais de 20% em fevereiro, o frango vivo entrou em março (dia 1º) com nova alta que elevou seu preço para R$1,80/kg. Era a deixa para novos e sucessivos reajustes no mês. Porque, embora esperando a recessão de consumo típica de toda Quaresma, o setor contava que a menor oferta de aves vivas no decorrer do período seria suficiente para dar novo empuxo aos preços.
Mas o mês passou e nada aconteceu: o preço alcançado no início de março permaneceu imutável até o fechamento do mês. Aliás, acabou tornando-se referência, porque, no encerramento do mês, muitos negócios foram realizados a preços inferiores. Qual foi o motivo?
O volume ofertado em março ainda é uma incógnita. Mas o próprio comportamento do mercado indica que a oferta, limitada, permitia novos (e necessários) ajustes. Isso só não ocorreu porque o consumo travou, causando um retrocesso de preços que atingiu as três carne s, não só a carne de frango. E como também o boi e o suíno em pé enfrentaram queda de preço, a estabilidade de preços do frango vivo (a despeito da instabilidade do mercado) confirma que a oferta foi limitada.
Com a média alcançada no mês, o frango vivo recuperou-se das perdas enfrentadas em janeiro e fevereiro. Mas continua com remuneração inferior à registrada entre agosto e dezembro de 2011, além de registrar queda de 11,28% sobre março de 2011.
Naturalmente, a recuperação de preços em relação aos dois meses iniciais do ano não significa retorno à lucratividade. Porque, a despeito da valorização de 12,35% em relação a fevereiro e de quase 15% em relação a janeiro, o preço médio alcançado no período – R$1,66/kg – continuou visivelmente aquém dos custos de produção. E fizeram com que este fosse o pior primeiro trimestre dos últimos quatro anos, como ressaltou o AviSite em matéria do final de março.
Com o advento da Páscoa, a recessão de consumo determinada por rest rições de ordem religiosa deve cessar. Mas isso não significa, necessariamente, retorno à normalidade. Porque o mercado caminha para o período mais crítico da safra da carne bovina. Assim, a retomada do consumo e a efetiva estabilização do mercado ainda podem demorar. (Avisite)
Ovos
Como era esperado e tem ocorrido tradicionalmente, o período de Quaresma (que chega ao fim nesta semana) determinou forte aumento da demanda de ovos, gerando a expectativa de reabilitação plena dos preços – em especial porque a oferta esteve (e continua) bastante ajustada, sem excedentes.
Mas – a exemplo do que ocorreu com o frango vivo (cujas disponibilidades também estiveram ajustadas) – março e a Quaresma terminam com a reabilitação apenas parcial da remuneração recebida pelo produtor.
Em outras palavras, a Quaresma proporcionou, sim, valorização do produto. Mas, contada desde a Quarta-Feira de Cinzas até o último sábado (39 dias), essa valorização foi pouco além dos 6%, enquanto no mesmo período do ano passado, em idêntico espaço de tempo, o ovo experimentou valorização de 12,5%.
A principal consequência dessa valorização moderada é observada no preço médio do mês: em valores nominais ele foi praticamente igual ao registrado em março de 2011 (diferença a menos, neste ano, de 1 centavo) e, portanto, em valores reais a evolução de preços foi negativa.
É verdade que, depois do decepcionante desempenho observado logo na abertura do ano (quando o preço médio do mês retrocedeu 15% em relação ao mês anterior, dezembro/11), ocorreu plena recuperação nos dois meses seguintes e, assim, o ovo encerrou o primeiro trimestre de 2012 com a melhor cotação em onze meses. Mas isso não tem nada de excepcional, pois corresponde a uma ocorrência típica de toda Quaresma, período em que, normalmente, são registradas as maiores cotações do ano.
Apesar, porém, da melhor remuneração obtida no mês, o segmento produtor de ovos não tem o que comemorar, pois o valor médio recebido pela caixa do produto no primeiro trimestre de 2012 se encontra 2,27% abaixo da média registrada em 2011. (Avisite)
Ovos brancos
Ovos vermelhos
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 94,92 com a variação em relação ao dia anterior de 0,16%. A variação registrada no mês de Março foi de -1,32%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 51,95.Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 57,80. O mercado apresentou uma variação de 3,07% em relação ao dia anterior. O mês de Março apresentou uma variação de 14,46%.O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 31,64. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 27,16 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,98% em relação ao dia anterior e de -5,56% no acumulado do mês de Março. O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 14,86.O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Fonte: Comunicação Uniquímica
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