Análise de Mercado

Análise de Mercado - 01 de Outubro de 2012

Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos


Publicado em: 01/10/2012 às 10:10hs

Análise de Mercado - 01 de Outubro de 2012

Suíno vivo

O preço do animal vivo seguiu em alta em todas as regiões pesquisadas pelo Cepea nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, a oferta do animal está menor, sustentando as cotações.

Em algumas regiões, observa-se, inclusive, que animais têm sido abatidos abaixo do peso médio. Esses fatores estão relacionados ao elevado custo de produção, que ainda pressiona a atividade suinícola.

Quanto ao mercado de carne, as negociações da carcaça estão mais calmas nesta semana. Apesar da baixa demanda, típica na segunda quinzena do mês, as cotações da carcaça subiram nos últimos dias, o que indica uma tentativa de repasse da valorização do animal vivo. (Cepea)

  • GO R$3,30
  • MG R$3,30
  • SP R$2,83
  • RS R$3,01
  • SC R$2,83
  • PR R$2,58
  • MS R$2,00
  • MT R$2,50


Frango vivo

A recuperação de preços do frango vivo, embora sem a mesma intensidade observada em agosto, teve continuidade em setembro. Dessa forma, o mês foi encerrado com um incremento de 7,33% em relação ao mês anterior, enquanto em comparação ao mesmo mês do ano passado o aumento foi de 25,47%.

Parece ser um resultado ótimo se considerado que a inflação oficial dos últimos 12 meses não chega a 6%. Na realidade, porém, continua sendo um resultado mais do que sofrível porque, por exemplo, não chega a repor os custos de produção e, assim, impossibilita a diminuição dos prejuízos acumulados que, ao contrário, só fazem aumentar, gerando apreensão cada vez maior no setor produtivo.

Não só isso. Ainda que continuem sendo um amplo balizador de toda a avicultura de corte, os preços do frango vivo já não refletem com eficiência a realidade do mercado, especialmente porque nos últimos meses a criação indepen dente caiu de forma significativa. Assim, o produto pode estar registrando evolução à frente da efetiva realidade de mercado.

E que realidade seria essa? Talvez a média entre granja (ave viva) e atacado (ave abatida). E, neste caso, os resultados de setembro apontam que para um incremento anual de 25,47% do frango vivo, o abatido experimentou variação de 16,61%. E se, em relação ao mês anterior, a variação da ave viva ficou em 7,33%, a da ave abatida não passou de 2,22%.

Independente disso, entretanto, é notório que a remuneração obtida pelo frango vivo continua totalmente defasada. Prova disso é encontrada quando se retrocede às vésperas da primeira fase da crise que há quatro anos afeta a economia mundial. Pois em relação aos preços pagos e recebidos em agosto de 2008, o frango vivo conseguiu, apenas, acompanhar de perto a inflação do período, que anda em torno dos 25%. Mas permanece com evolução aquém da alcançada pelo milho (hoje, preço mais de 30% superior ao de então) e muitíssimo abaixo da registrada pelo farelo de soja que, em relação ao que foi registrado quatro anos atrás, tem atualmente valor quase 100% superior. (Avisite)

  • SP R$2,50
  • CE R$3,00
  • MG R$2,55
  • GO R$2,35
  • MS R$2,35
  • PR R$2,45
  • SC R$2,45
  • RS R$2,45


Ovos

Há bem mais de um ano não se observava o ocorrido neste último setembro - o mês se encerrando com a mesma cotação do dia primeiro, sem qualquer variação de preços entre o começo e o fim do período. Aliás, a estabilização de preços do ovo veio antes de setembro começar, data de 29 de agosto. Portanto, em 30 de setembro já durava 33 dias.

Uma vez que a cotação alcançada no final de agosto foi menor que a obtida na maior parte daquele mês ou, mesmo, em julho, a estabilidade de setembro significou valor médio 7,87% inferior ao do mês anterior e, também, o pior resultado dos últimos quatro meses. E ainda que o valor médio do mês tenha ficado 18% acima do registrado um ano antes, em setembro de 2011, na verdade retrocedeu ao mesmo nível registrado em março de 2012 – o que é péssimo para o produtor, pois, nesses seis meses, as condições de produção sofreram modificação radical e os ganhos se deterioraram totalmente, trans formando-se agora em prejuízo.

Não custa registrar, entretanto, que poderia ser pior. Porque, devido à sazonalidade da produção, os preços do final de setembro são, quase invariavelmente, decrescentes em relação ao início do mês, o que não ocorreu desta vez.

Espera-se, no entanto, que essa tenha sido a única exceção ao comportamento sazonal. Porque – também quase invariavelmente – setembro tem sido o mês em que são registradas as menores cotações do ovo no segundo semestre de cada exercício. Quer dizer: se o comportamento habitual se repetir, em outubro começa o processo de recuperação das cotações até atingir o pico do semestre (eventualmente, do ano) no mês de dezembro.

Isso, por sinal, mais do que desejável é imprescindível. Porque, decorridos os nove primeiros meses do ano, o ovo alcança, em 2012, valor nominal médio (R$47,89/caixa) apenas 7,36% superior à média dos 12 meses do ano passado. E isso, ainda que permita cobrir a inflação do período, é totalmente i nsuficiente para fazer frente ao aumento dos custos de produção. (Avisite)

Ovos brancos

  • SP R$52,00
  • RJ R$57,00
  • MG R$60,00

Ovos vermelhos

  • MG R$63,00
  • RJ R$60,00
  • SP R$55,00


Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 95,99 com a variação em relação ao dia anterior de -0,06%.  A variação registrada no mês de Setembro é de 1,76%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 47,31.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

  • Triangulo MG R$90,00
  • Goiânia GO R$94,00
  • Dourados MS R$92,00
  • C. Grande MS R$95,00
  • Três Lagoas MS R$92,00
  • Cuiabá MT R$86,50
  • Marabá PA R$95,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00


Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 75,73. O mercado apresentou uma variação de 0% em relação ao dia anterior. O mês de Setembro apresentou uma variação de -16,97%.

O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 37,32. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • R. Grande do Sul (média estadual) R$86,00
  • Goiás - GO (média estadual) R$83,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$77,00
  • Paraná (média estadual) R$75,73
  • São Paulo (média estadual) R$85,50
  • anta Catarina (média estadual) R$82,00
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$82,00
  • Minas Gerais (média estadual) R$84,00


Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 30,90 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,16% em relação ao dia anterior e de -6,45% no acumulado do mês de Setembro.

O valor da saca em dólar fechou a semana em US$ 15,23.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

  • Goiás (média estadual) R$24,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$28,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$25,50
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$27,50
  • Paraná (média estadual) R$33,03
  • São Paulo (média estadual) R$30,90
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$34,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$33,00

Fonte: Comunicação Uniquímica

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