Análise de Mercado

Alta no frete pesa no bolso dos produtores mato-grossenses

A alta do valor do frete em todo o país deve se manter até o final maio, quando encerram as colheitas das safra verão. Em Mato Grosso, com a colheita da safra de soja acelerada, o aumento do frete já pode ser notado no começo de fevereiro, quando iniciaram os embarques do grão


Publicado em: 28/02/2012 às 17:50hs

Alta no frete pesa no bolso dos produtores mato-grossenses

Conforme a Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística), apesar da quebra na produção causada pela estiagem no Rio Grande do Sul e Paraná, o custo para os agricultores deve ser o mesmo do ano passado.

Em Sorriso, o transporte de soja para o Porto de Paranaguá (PR) e para Santos (SP) custa, em média, R$ 220 por tonelada. Segundo o diretor técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, não devem ocorrer grandes oscilações, até porque a logística nacional apresentou melhoras nos últimos anos. “O produtor já está conseguindo armazenar melhor o seu produto até a hora de escoar", analisa.

De acordo com o proprietário de uma transportadora de Sorriso, Rafael Rovaris, o valor do frete no município também está praticamente o mesmo do ano passado, sendo que a tendência é de ocorra uma queda no final de março ou começo de abril. “Os preços fora da época podem chegar a R$ 180 por tonelada até os portos, dependendo da demanda. Porém, como a produção da safrinha de milho, que é colhida entre os meses de junho e julho, vai para cidades de Mato Grosso, a procura por fretes até os portos é bastante reduzida”, explica.

O diretor do Centro de Comercialização de Grãos da Famato (Centrogrãos), João Birkhan, explica que o valor do frete não está sinalizando inflação, e, como a maioria das lavouras de soja do Estado já foram colhidas, o preço do transporte deve permanecer nos mesmos patamares registrados atualmente.

Segundo Birkhan, uma das justificativas para a manutenção do preço é de que diversas indústrias esmagadoras de soja se instalaram no Estado nos últimos anos, o que reduziu a “correria” dos produtores em busca de caminhoneiros. “Tivemos um aumento de produção de óleo de soja, por isso o sojicultor não tem mais tanta pressa para escoar a produção, o que refletiu na demanda por transportadoras. Quanto mais se esmaga soja na região, menor será a necessidade de mandar os grãos para os portos”.

Fonte: Só Notícias

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