Análise de Mercado

Agroindústria e Agrosserviços Impulsionam Empregos no Agronegócio Brasileiro

Setor alcança 28,4 milhões de trabalhadores no terceiro trimestre de 2024, com destaque para o crescimento nas áreas de agroindústria e agrosserviços, além do aumento na participação feminina.


Publicado em: 20/01/2025 às 11:05hs

Agroindústria e Agrosserviços Impulsionam Empregos no Agronegócio Brasileiro

O agronegócio brasileiro registrou um contingente de 28,4 milhões de trabalhadores no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 1,9% (cerca de 533 mil pessoas) em comparação ao mesmo período de 2023. Os dados são fruto de estudos realizados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O setor manteve sua representação em 26% do total de ocupações no Brasil entre julho e setembro de 2024.

Crescimento impulsionado por agroindústria e agrosserviços

Pesquisadores do Cepea/CNA destacam que o crescimento do número de ocupados no agronegócio foi impulsionado, sobretudo, pela expansão da agroindústria e dos agrosserviços. A agroindústria apresentou um aumento de 6,7% (cerca de 303 mil trabalhadores) em relação ao terceiro trimestre de 2023, enquanto os agrosserviços cresceram 6,3%, adicionando aproximadamente 611 mil pessoas ao mercado de trabalho.

No segmento agroindustrial, sobressaíram as atividades de produção de massas e outros alimentos (13,8% ou 55.355 novos postos), móveis de madeira (11,3% ou 54.284), açúcar (24,7% ou 31.025), moagem e produtos amiláceos (12,5% ou 30.984) e têxteis de base natural (8,4% ou 9.326). Juntas, essas atividades agregaram 198.166 trabalhadores à força de trabalho do setor. Este avanço contribuiu para o aumento da demanda por serviços, refletindo a maior complexidade operacional de algumas atividades industriais e a consequente mobilização de uma ampla gama de agrosserviços.

Perfil da força de trabalho

O aumento na população ocupada no agronegócio entre julho e setembro de 2024 está relacionado a três fatores principais: o crescimento no número de empregados com e sem carteira assinada, o maior nível educacional dos trabalhadores – uma tendência histórica do setor – e o aumento significativo na participação feminina no período.

Esses resultados reforçam a relevância do agronegócio como um dos principais motores do mercado de trabalho no Brasil, demonstrando avanços não apenas em quantidade, mas também na qualidade e na inclusão dentro do setor.

Relatório completo

Fonte: Portal do Agronegócio

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