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Técnicos discutem plantio regular de eucalipto em Alagoas

A utilização do eucalipto para múltiplos usos é uma perspectiva de futuro


Publicado em: 04/02/2013 às 15:00hs

Técnicos discutem plantio regular de eucalipto em Alagoas

A perspectiva de substituição da cana-de-açúcar pelo plantio de eucalipto, em determinadas propriedades do estado, foi discutida nessa quarta-feira (30) por representantes de uma empresa privada e técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA). A preocupação é garantir que a cultura direcionada para usos diversos, como a produção de biomassa, possa representar alternativa de crescimento, mas seja feita dentro do que determina a legislação ambiental. Segundo Augusto de Castro, engenheiro florestal do IMA, nos últimos meses, 17 processos foram abertos com pedidos de vistoria técnica para regularização de plantio florestal.

Endereçados ao setor de Documento de Origem Florestal (DOF), eles se referemespecificamente a cultura do eucalipto em áreas que abrangem de nove a 600 hectares. A perspectiva é que, além desses, os proprietários de terras encaminhem os documentos de registro de plantio florestal para facilitar possíveis manejos.

Todavia, há limites estabelecidos que serão observados pelo IMA para regularização dos plantios, a exemplo das Áreas de Preservação Permanente (APPs). “A idéia é assegurar que as áreas sejam cultivadas dentro do que prevê a legislação ambiental”, argumentou Adriano Augusto, diretor-presidente do IMA.

O superintendente agroflorestal da empresa Energias Renováveis do Brasil (ERB), Roberto Pinto, disse que há estudos para início de trabalhos em Alagoas há dois anos, com identificação de áreas possíveis para a cultura e dos possíveis proprietários de terras a serem arrendadas, além da definição dos clientes. Ele disse que os primeiros plantios serão direcionados ao foco inicial da empresa, que é a produção de biomassa.

A utilização do eucalipto para múltiplos usos é uma perspectiva de futuro visto que “no Nordeste já há déficit de madeira, por exemplo na construção civil”, comentou. O diretor-presidente do IMA disse que “do ponto de vista ambiental o eucalipto é uma alternativa melhor que a cana, mas também são conhecidos os problemas e impactos existentes em outros estados. Por isso nós queremos garantir o desenvolvimento de Alagoas, mas temos que manter os cuidados necessários. Seguir o princípio do atual governo, o da razoabilidade”.

A ERB está em início das atividades no estado. A biomassa gerada servirá para a produção de energia que será utilizada principalmente por indústrias. O objetivo é trabalhar com pequenos projetos e, por isso, a empresa deverá envolver uma quantidade maior de proprietários de terras que em outros lugares, onde já há atuação, como a Bahia e Minas Gerais.

Fonte: IMA AL - Instituto do Meio Ambiente de AL

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