Publicado em: 03/08/2012 às 07:45hs
"A perspectiva que a gente vê é de estabilidade. Na verdade, não esta entrando nenhum volume novo de oferta de celulose nesse segundo semestre, e os projetos que estão em construção vão ter impacto maior a partir do ano que vem", afirmou o diretor em coletiva de imprensa.
O executivo também afirmou que a empresa não sentiu impacto da desaceleração econômica da China. "A gente não sentiu impacto no nosso volume de vendas."
O diretor financeiro da Suzano, Alberto Monteiro, ressaltou que a China tem guiado as exportações do insumo. "A China, mesmo crescendo menos, tem um crescimento robusto".
Na manhã desta quinta-feira a Suzano reportou prejuízo líquido de 264 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado positivo de um ano antes, em meio a paradas para manutenção de unidades e impactos cambiais sobre dívida.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 298 milhões de reais, acima dos 280 milhões de um ano antes.
ENDIVIDAMENTO
No segundo trimestre, a Suzano realizou algumas operações com a oferta de ações e renegociação de contratos de dívidas que, segundo Monteiro, deram uma blindagem financeira para a empresa até 2016.
"Para que a gente fizesse a oferta, fizemos uma série de outras ações que dessem conforto para a empresa para que chegássemos a uma estrutura financeira ate 2016 sem necessidade de renegociação (de dívidas) com nenhum banco", disse.
A empresa ainda tem 15 por cento de seus vencimentos no curto prazo, mas Monteiro afirmou que a Suzano tem tranquilidade para alongar essa dívida.
Apesar das operações feitas no segundo trimestre, a relação entre dívida líquida e Ebitda da empresa ficou em 4,5 vezes, acima da meta de 3,5 que a companhia possui.
"A empresa trabalha no médio e longo prazo para convergir para 3,5 vezes de alavancagem, mas no período de 2012-2013 vai continuar superando ligeiramente os 4,5 que hoje a gente superou", disse.
"Nosso processo de desalavancagem se inicia em 2014, com a entrada da planta de Maranhão", completou. A unidade deve iniciar as operações no último trimestre de 2013 e terá capacidade de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano.
Monteiro ressaltou que a companhia também continua buscando a venda de ativos não estratégicos para auxiliar na desalavancagem.
"A gente trabalha com a perspectiva de vender esse ano... O que a empresa tem como foco é buscar a venda dessa hidrelétrica (Amador Aguiar) e de algumas terras", afirmou.
Fonte: Reuters
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