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Segmento florestal discute setor em Fórum Nacional em Brasília

Representantes da base florestal nacional discutem setor em Brasília


Publicado em: 19/06/2013 às 17:10hs

Segmento florestal discute setor em Fórum Nacional em Brasília

Brasília foi palco, no último dia 18, de discussão das principais lideranças do setor florestal do país em reunião do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNABF) sobre a melhoria da política do setor. O evento foi organizado pelo FNABF, com apoio do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e a organização não governamental, WWF-Brasil.

O presidente do Fórum e também vice-presidente do Cipem, Geraldo Bento, destacou a questão do monitoramento e fiscalização em relação ao setor de base florestal. “Acredito que, para ter uma fiscalização eficiente, a legalidade da madeira extraída deve ser realizada na origem, na hora em que a madeira é retirada da floresta, porque, depois de colhida, não tem mais como ser plantada. Depois desse processo é desenvolver o fomento para que possamos direcionar a comercialização dos produtos florestais”, salientou.

O presidente do Fundo de Apoio à Madeira (Famad), Jaldes Langer, também presente ao evento, ressaltou os entraves que existem no desenvolvimento do setor florestal no Brasil. “Percebo que todo o setor está unido nesse evento com sérios problemas, como: logística, entraves burocráticos, fiscais e tributários, a serem resolvidos a médio e longo prazo. Mas é necessário o engajamento do setor privado, juntamente com ações governamentais, para chegarmos à solução dos problemas”, ressaltou Langer.

Durante a programação foi apresentado o Relatório Final do Estudo “Subsídios e Proposições para a formulação de uma política industrial sustentável para a Amazônia”, onde o consultor, Ivan Tomaselli - que realizou a apresentação - falou sobre os resultados. “O projeto teve um foco estratégico diferente do que já vimos no passado porque considera uma coordenação entre governo e setor privado, a exemplo dos países que tiveram sucesso no setor florestal, como é o caso do Canadá, Alemanha, Finlândia, Suécia e Malásia que fizeram um esforço conjunto entre setor privado e público, em uma direção de crescimento, econômico de melhoria das condições sociais e ambientais e da sustentabilidade do negócio. Temos a Amazônia, que é a maior reserva florestal mundial, e que, até hoje não se teve uma política industrial sedimentada, e o setor florestal pode contribuir nesse processo, com ações desenvolvidas em longo prazo. Porém, há necessidade que se comece agora e esperamos que a coordenação possa ser efetivada pelo Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em cooperação do Fórum e outras entidades privadas para se levar adiante”, finalizou Tomaselli.

O gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria, Shelley Carneiro, avaliou o processo da importância do dialogo, negociação e liderança para desenvolver o setor florestal como um todo. “Eventos como esse, que reúne várias lideranças políticas procurando agregar os problemas reais das indústrias florestais do Brasil dentro da política integrada de governo que vem sendo desenvolvida, é muito importante para colher os frutos e conseguir a densidade política e documentos estratégicos para o fortalecimento do setor”, destacou.

"Começamos hoje, um processo importantíssimo e que precisa agora ter sua parte de planos estratégicos transformados em ação. Esse evento nos mostra que o problema florestal precisa ser tratado com importância de um país que tem riquezas florestais incríveis que precisam ser explorados de uma maneira sustentável e inteligente para que consigamos um país forte, de primeiro mundo que possa competir exportar e transformando toda essa riqueza em algo factível, como-tecnologia, ações e conhecimentos”, concluiu Carneiro.

Para o diretor do departamento de Indústrias Intensivas e Mãos de Obras e Recursos Naturais do MDIC, Marco Otávio Prates, o estudo divulgado realizado pelo Fórum traz contribuições importantes. “Isso porque criamos elementos para uma revisão da política nacional para esse setor no Brasil. Isso, inclusive, traz uma análise da experiência do Canadá, o país que tem maior produção de madeira serrada, painéis, papel e celulose. A sociedade e governo, também precisam se esforçar para definir estratégias claras e eficientes, assim, resolvendo questões pendentes da Amazônia, como o uso dos recursos energéticos, recursos minerais e da florestal de uma forma consistente que garanta a sustentabilidade e seja simples o suficiente para permitir o desenvolvimento das atividades econômicas daquela região”, lembrou.

O diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente, Antônio Carlos Hummel, destacou a importância dos ativos ambientais para a economia das regiões florestais. “As florestas têm um potencial enorme para contribuir com a economia da região. No entanto, os estudos apresentados hoje mostram vários gargalos, ou seja, para ter uma indústria madeireira sustentável dentro do conceito verde precisamos avançar muito. Temos várias tarefas. Algumas passam pelos governos (União e Estados) e outras pelo próprio setor de adequação. Teremos bons resultados com uma política bem estruturada conjugada entre os vários atores”, frisou.

Fonte: Assessoria Cipem-MT

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