A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) estuda o desenvolvimento de mecanismos de financiamento privado que possam ser adaptados ao setor florestal. A ideia é pensar em formas de investimento mais atrativas, uma vez que esse tipo de aplicação apresenta um retorno de longo prazo.

Diante da constatação de que a demanda por recursos com prazos que atendam as necessidades do setor é muito superior à capacidade de alocação de divisas, a SAE acredita que torna-se necessário identificar ou desenvolver um instrumento de crédito para suprir as carências do financiado e ao mesmo tempo dar segurança para o investidor ousar a financiar esse tipo de atividade econômica, que demanda investimentos por prazos que podem variar de 7 a 35 anos, ou mais.

Para tratar desse assunto, técnicos da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da SAE se reuniram com o especialista do setor financeiro, Roberto Ricardo Barbosa Machado, nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, para mapear os instrumentos existentes no mercado voltados para o financiamento privado das florestas plantadas.

“No meio rural existem vários modelos de financiamento já implementados, mas eles, na maioria das vezes, cobrem produtos agrícolas de curto prazo. O que estamos discutindo é que o setor florestal tem uma característica de longo prazo. Estamos vendo como podemos vincular este tipo de projeto no mercado”, explicou o assessor da SAE, Fernando Castanheira.

De acordo com Castanheira, uma pesquisa sobre títulos para financiamento de investimentos privados voltados para o desenvolvimento de florestas plantadas no Brasil está sendo desenvolvida, e, futuramente será adquirida pela SAE. O modelo de financiamento deverá ser uma das propostas que farão parte da Política Nacional de Florestas Plantas, em fase de desenvolvimento na SAE.