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Queimadas no Brasil Disparam: Incêndios Florestais Aumentam 104% em 2024

Temperaturas elevadas e massa de ar quente contribuem para o agravamento das queimadas, afetando a qualidade do ar e gerando extensas nuvens de fumaça


Publicado em: 11/09/2024 às 11:45hs

Queimadas no Brasil Disparam: Incêndios Florestais Aumentam 104% em 2024

Desde o início de 2024, o Brasil registrou mais de 159.411 focos de incêndios, marcando um aumento de 104% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, houve uma redução de 29% no número de focos em relação a 2022. Este ano, o cenário é particularmente alarmante devido a uma combinação de uma estação seca severa e temperaturas acima da média histórica, que têm acelerado a expansão dos incêndios florestais.

Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink, explica que o Brasil enfrenta uma massa de ar quente e seco que afeta grande parte do país, incluindo o Sul. Esse padrão de clima tem exacerbado as queimadas, comprometendo a qualidade do ar e formando grandes nuvens de fumaça que cobrem vastas áreas do continente.

O estado de Mato Grosso é o mais impactado, com 34.356 focos de incêndios, um aumento de 201% em relação ao ano anterior. Seguem-se o Pará, com 27.192 focos (alta de 121%), e o Amazonas, com 17.181 focos (alta de 53%). Mato Grosso do Sul apresenta o maior crescimento percentual, com um aumento alarmante de 646% em comparação ao mesmo período de 2023.

As queimadas também estão gerando uma densa cortina de fumaça que se estende da Amazônia até o centro da Argentina, impulsionada pelos ventos de baixos níveis que transportam a fumaça por grandes distâncias. Além do Brasil, países vizinhos da América do Sul também estão enfrentando crises de queimadas. A Bolívia registrou um aumento de 353% nos focos de incêndios, totalizando 58.107 casos, o maior número desde 2001. O Paraguai viu um aumento de 72% nas queimadas.

No médio prazo, não há previsão de alívio imediato para as condições climáticas extremas, que incluem calor intenso e baixa umidade, sem sinais consistentes de chuva. No entanto, há expectativa de chuvas para a última semana de setembro, com previsão de que afetem principalmente o sul de Mato Grosso do Sul e Goiás a partir do dia 20. Essas precipitações podem oferecer algum alívio para o cenário de queimadas e mitigar o risco de atraso no plantio da soja, que já está afetando o mercado agrícola. Contudo, como ressalta Rodrigues, a confiabilidade da previsão diminui à medida que a data se aproxima.

Fonte: Portal do Agronegócio

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