Produtores de eucalipto, representantes do Sindicato dos Papeleiros e da Prefeitura de Salesópolis fizeram uma manifestação sobre a redução da compra do eucalipto produzido no município. Um carro de som percorreu as ruas da cidade na quinta-feira (7).

O protesto cobrava da Companhia Suzano de Papel e Celulose e da Fibria medidas para amenizar a crise no setor. De acordo com Jonival de Mello Bruno, presidente da Cooperativa Agrícola Mista do Alto Tietê (Camat), essas indústrias compravam, mensalmente, 15 mil metros de eucalipto dos produtores.

Atualmente isso não passa de 1 mil metros. Ele afirma também que as empresas até compram mais, porém, para isso é preciso haver redução no preço do produto.

A produção da madeira é a principal atividade econômica do município. Um terço da área de Salesópolis é coberto por eucalipto. As centenas de produtores da cidade dependem exclusivamente dessas empresas.

Segundo a Camat já há alguns anos estas indústrias estão buscando fornecedores em outras regiões do País.

Reflexos

Com a base da economia da cidade prejudicada, os reflexos aparecem em vários setores. Em abril, o Diário TV já mostrou as demissões no comércio. Cerca de 3 mil pessoas já perderam o emprego, segundo a Associação Comercial.

A prefeitura alega que a queda na venda do eucalipto reduziu, também, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) em 40%.