Publicado em: 14/06/2013 às 13:20hs
No assentamento, vivem outras 20 famílias, cada uma com uma função diferente. A de seu Cirino é administrar o gado leiteiro e a plantação do palmito, que, segundo ele, são para o consumo da família. “Planto guariroba porque meus filhos gostam. O leite é para fazermos queijo, mas o que sobra a gente vende”, revela. O plantio da palmeira, assim como o de toda a produção do assentamento, é feito por meio do sistema agroflorestal, o que permite melhor aproveitamento dos recursos naturais e das características da região. Esses sistemas são formas de uso da terra em que há um consórcio de espécies arbóreas, cultivos agrícolas e/ou criação de animais numa mesma área, de maneira simultânea ou ao longo do tempo.
Cirino chegou a vender durante um tempo o palmito para empresas que cortavam e enlatavam o produto, mas queria aumentar, também, a criação de gado leiteiro. Foi aí que decidiu acessar o Pronaf, para comprar mais quatro vacas. “Acessei o Programa há mais ou menos quatro anos e só comecei a pagar no ano passado (2012). Isso me ajudou muito, os juros são muito baixos”, comenta.
O agricultor ainda conta uma história interessante, que o deixou muito feliz com o Pronaf. “No ano passado, quando fui pagar a primeira prestação de R$ 500, perguntei à moça do banco o quanto ainda devia. Peguei um empréstimo de R$ 8 mil. Para a minha surpresa, o saldo devedor estava em R$ 3,5 mil. Pensei que alguma coisa estava errada, mas ela me explicou tudo e fiquei muito feliz, acho que vou conseguir pagar tudo antes de 2018.”
Apesar das mudanças, Cirino continua alimentando os sonhos. “A gente pensa no futuro, mas em algo que a nossa força dê conta. Mas pretendo fazer muita coisa”, planeja o agricultor.
Fonte: MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário
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