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Pindamonhangaba realiza II Mutirão Agroflorestal do Vale do Paraíba

Em 2011, o I Mutirão Agroflorestal do Vale do Paraíba reuniu um público de 30 pessoas


Publicado em: 30/01/2012 às 12:10hs

Pindamonhangaba realiza II Mutirão Agroflorestal do Vale do Paraíba

Nos dias 9 e 10 de fevereiro, a APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) -Pólo Regional do Vale do Paraíba – Setor de Fitotecnia, em Pindamonhangaba (SP) vai sediar o II Mutirão Agroflorestal do Vale do Paraíba.

Em 2011, o I Mutirão Agroflorestal do Vale do Paraíba reuniu um público de 30 pessoas, entre produtores rurais, pesquisadores, educadores, estudantes de um curso técnico agropecuário, gestores ambientais de unidades de conservação, empresários e ONGs, o que fez com que a atividade fosse enriquecedora sob o ponto de vista das distintas realidades e à didática participativa que proporcionou trocas de experiências e o trabalho em equipe. Foram implantadas duas novas unidades de vivência, que podem servir de referência para a recuperação de mata ciliar e da reserva legal no Vale do Paraíba, com possibilidade de obtenção de renda ao produtor e redefinição do uso do solo, neste caso, de uma área de cultivo de pupunha abandonada convertida em SAF (Sistema Agroflorestal).

No II Mutirão Agroflorestal do Vale do Paraíba, a parceria da CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, por meio da EDR de Pindamonhangaba, será valiosa pela capilaridade no meio rural das Casas de Agricultura; mobilizando e divulgando, reconhecendo e as iniciativas agroflorestais em sua região administrativa. O objetivo é articular a criação da “Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba”, conforme solicitado pelos participantes do I Mutirão.

A relevância dos Sistemas Agroflorestais para o Vale do Paraíba do Sul está na necessidade de se recuperar o ambiente de uma das regiões com solos mais desgastados do Brasil; por onde o ciclo do café passou deixando um quadro de empobrecimento das terras e fragmentando a Floresta Atlântica, convertida em pastagens extensivas que muitas vezes ocupam áreas ciliares, morros e encostas íngremes, onde a aptidão do solo o indicaria à preservação permanente, agroflorestas ou silvicultura. Sendo a Mata Atlântica a matriz florestal, a situação ganha tons de desastre ambiental, devido à importância desse bioma para o planeta - uma das cinco regiões mais ricas em biodiversidade; principalmente para a fauna e a população que depende das águas do rio Paraíba do Sul, atualmente assoreado, com diversas ocupações irregulares e a extração de areia ao longo de sua calha.

Os sistemas agroflorestais podem se tornar uma das formas mais sustentáveis de restaurarmos a Mata Atlântica, convertendo o ecossistema degradado em outro, com destino e uso distintos, tornando-o produtivo com baixo uso de recursos externos e de capital. Os sistemas agroflorestais podem recuperar a capacidade produtiva dos solos reduzindo os processos erosivos, aumentando a recarga hídrica, abastecendo os aqüíferos subterrâneos, melhorando a paisagem, agregando valor a terra e conservando habitats naturais. Pode ser um dos vetores de ligação entre os fragmentos florestais remanescentes, melhorando o fluxo de animais silvestres e com isso beneficiando, também, a diversidade biológica.

Mais informações podem ser obtidas em www.apta.sp.gov.br, solicitadas pelo e-mail npd-vp@apta.sp.gov.br ou pelo telefone (12)3642-1823. As vagas são limitadas.

Fonte: Painel Florestal

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