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Ministro Pepe participa da abertura do Congresso Florestal Estadual

Mudanças climáticas, novo Código Florestal, integração lavoura-floresta-pecuária, conservação de recursos florestais e políticas públicas para o setor são alguns dos assuntos em discussão no 11º Congresso Florestal Estadual do Rio Grande do Sul e 2º Seminário Mercosul da Cadeia Madeira, que acontece até amanhã (2609), no Grêmio Pratense, em Nova Prata


Publicado em: 26/09/2012 às 16:30hs

Ministro Pepe participa da abertura do Congresso Florestal Estadual

O Congresso é realizado há 44 anos no município, a cada 4 anos. A abertura, na noite desta terça (24/09), conta com a presença do Ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, do diretor do Defap/Sema, Roberto Magnos Ferron, representando o governador Tarso Genro, do presidente de evento, Aino Jaques, entre outras autoridades.

“Nada mais oportuno do que discutirmos florestas e a sustentabilidade, o tema deste evento. É uma discussão que vem de longo tempo, culminando agora no novo Código Florestal. Compreender a importância e os benefícios das florestas requer assumir uma nova postura ética e moral, a da sustentabilidade”, salientou Ferron.

“Debater a sustentabilidade de uma forma ética significa é debater sua dimensão econômica, social e ambiental”, completou Pepe Vargas. Ele lembrou que, com a ascensão de 40 milhões de pessoas à classe média e a saída de mais de 10 milhões da pobreza extrema, aumentaram as necessidades de consumo. “Temos que pensar o desenvolvimento de uma forma que possa ser sustentável”.

O Ministro reforçou sua discordância com a vertente que defende que não devem ser estabelecidas limitações maiores no novo Código Florestal, pois o país não teria condições de atender às necessidades do seu crescimento. “Entendemos que se deve sim estabelecer limitações, porque é compatível adequar produção agropecuária e silvicultura com proteção ao meio ambiente. O grande debate é em torno das áreas consolidadas, o quanto vai se recuperar de áreas que deveriam ter sido preservadas e não foram”, declarou. Para Vargas, o ganho produtivo depende de uma gestão adequada. “Não é possível manter a produtividade em uma área rural sem a preservação dos recursos hídricos e do solo”.

No RS

Ferron lembrou que o Brasil possui a maior biodiversidade do planeta. Estima-se que 30% de todas as espécies vegetais e animais vivam aqui. “Se todos, governos e sociedade, souberem cuidar dessa extraordinária riqueza, e compreenderem sua magnitude, teremos à disposição da nação brasileira e de seu povo um novo ‘pré-sal verde’”, afirmou.

Segundo o diretor do Defap/Sema, o setor florestal é responsável por 4% do PIB gaúcho, sendo que o Estado importa 50% da madeira e da erva-mate que utiliza. O RS tem grandes vantagens competitivas de clima e solo, mas precisa de políticas públicas, consistentes e duradouras, que fortaleçam o setor. “Em nível de Estado, a divisão entre as florestas plantadas, que têm sua gestão na Seapa, e as florestas nativas, no Defap/Sema, traz dissonância e inércia ao setor. O Governo Tarso vem trabalhando para criar as condições necessárias à gestão ambiental e florestal, tão importante para a implantação de políticas públicas setoriais”, enfatizou.

Entre as ações realizadas, estão os programas estaduais, em parceria com outras instituições e com o Governo federal, como: Inventário Florestal Estadual, Cadastro Ambiental Rural e Programa Mais Ambiente, Zoneamento Econômico e Ecológico do Estado, Câmaras Técnicas de Floresta Plantada e da Erva-Mate, além dos Programas Florestal Estadual, de Repovoamento do Pinheiro Brasileiro, Plante Árvores Nobres, de Restauração de Matas Ciliares, Ser Árvore, Corredores Ecológicos e de Educação Florestal “Gralha Azul”. “Dentro deste Programa, a meta é plantar 10 milhões de mudas e /ou sementes de espécies nativas nos próximos 3 anos, como o pinheiro-brasileiro, a erva-mate e outras espécies florestais ameaçadas de extinção. Serão 25 mil ha, ou seja, 1% da área do Estado”, declarou Ferron. Conforme o diretor, para quem tiver interesse em plantar até 5 ha, a Sema disponibiliza mudas gratuitamente, basta fazer um projeto.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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