Publicado em: 21/11/2012 às 19:40hs
A distribuição desigual e os problemas estrutural e operacional na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) são responsáveis pela crise instalada no setor, cujo consumo anual está abaixo da produção consolidada.
Dados do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato de Grosso (Cipem), apontam que o número de manejos autorizados pela Sema reduziu 4% entre janeiro e setembro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, reduzindo de 163 para 155. Com isso, o volume de madeira legal processada ficou muito aquém do consumo, que é de 3,5 milhões de metros cúbicos/ano.
"Para este ano foram liberados 3,6 milhões de metros cúbicos de manejo, mas nem tudo é aproveitado, o que deve resultar no uso de 2,9 milhões de metros cúbicos", diz o diretor do Cipem, Álvaro Leite. Ele lembra que, no ano passado, os manejos autorizados somavam 4,5 milhões de metros cúbicos de madeira - o ideal para atender as indústrias.
Para o representante do setor, a falta de estrutura da Sema para atender os serviços de liberação do manejo florestal pode provocar o desabastecimento de matéria-prima no próximo ano. "Se não tiver manejo liberado, não teremos como atender ás indústrias".
Além disso, ele pontua que a distribuição desigual dos planos de manejo sustentável interfere na produção madeireira de alguns municípios. "A maior parte das liberações está indo para o noroeste do estado, enquanto o norte não é tão beneficiado". A prova disso são os manejos aprovados para este ano, totalizando 10 em Juína (735 km a nororeste) e nenhuma autorização para Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).
Ele ressalta que, apesar dos problemas, os madeireiros estimam que o manejo florestal chega a 6 milhões de metros cúbicos em 2020. De acordo com o Cipem, 95% da madeira retirada no estado é resultado do manejo florestal sustentável.
Fonte: Agrodebate
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