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FAESC também não aceita plano de manejo da Floresta nacional de Chapecó

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) participará das discussões e da defesa dos interesses dos produtores e empresários rurais e urbanos ameaçados pelo Plano de Manejo da Floresta Nacional de Chapecó


Publicado em: 09/04/2012 às 17:20hs

FAESC também não aceita plano de manejo da Floresta nacional de Chapecó

O compromisso foi obtido pelo presidente da Câmara de Vereadores de Chapecó, advogado Américo do Nascimento Júnior, nesta semana, em reunião na capital do Estado com o presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo.

Nascimento Júnior convocou e presidiu audiência pública no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, para discussão do Plano de Manejo da Floresta Nacional em face da polêmica em torno do tema, envolvendo produtores, empresários rurais e urbanos e os órgãos ambientais.

Américo expôs ao presidente da FAESC que há uma crescente inquietação em Chapecó: grande parte das atividades econômicas instaladas no entorno da Floresta Nacional (FLONA), localizada nas franjas do perímetro urbano, pode estar sob sério risco de ser declarada ilegal.    O temor nasceu da elaboração do Plano de Manejo do entorno da FLONA que abrange 207 quilômetros quadrados, engolfando praticamente toda a cidade. Nesse plano de manejo – elaborado por uma empresa privada a pedido do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente – reside o foco das preocupações dos empresários e das classes produtoras: ele proíbe ou suspende atividades.

A Floresta Nacional de Chapecó foi criada em 25/10/1968 pela transformação do parque florestal do antigo Instituto Nacional do Pinho em FLONA Chapecó pela portaria 560 do antigo IBDF. Possui cerca de 1600 hectares. As florestas nacionais têm como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. O objetivo geral é promover a conservação de significativos remanescentes da Floresta Ombrófila Mista do oeste do estado de Santa Catarina, a experimentação e o manejo florestal, a geração de conhecimentos, a educação ambiental e o uso múltiplo sustentável dos recursos naturais.

Um dos exageros do plano de manejo é a área de amortecimento definida com mais de 207 km² e 97 km de perímetro. Trata-se de uma zona de ligação entre as duas unidades (Chapecó possui duas FLONAS) que ocupou grande parte de uma zona de expansão urbana de Chapecó.

Além de apoiar as deliberações da audiência pública de Chapecó, o presidente da FAESC pedirá a intervenção da Confederação da Agricultura e Pecuário do Brasil (CNA) junto ao Ministério do Meio Ambiente. A FAESC considera inadmissível a criação da área de amortecimento que interliga as duas florestas nacionais de Chapecó e interfere administrativamente em 18,8% do território do município. Apoiará também a ação judicial impetrada pelo município de Chapecó para anular o plano de manejo.

O organismo estatal com poder de regulação e controle sobre as florestas nacionais é o Instituto Chico Mendes, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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