Isso significa que qualquer produto florestal que adentrar ao mercado europeu, independentemente do país de origem, deverá comprovar sua origem legal. “Essa normativa tem por propósito prevenir a importação europeia de qualquer tipo de madeira ilegal”, explica Paulo Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI).

De acordo com o superintendente essa exigência não é uma preocupação para os empresários brasileiros, pois já uma realidade no país. “Não existe madeira de origem ilegal saindo do Brasil”, garante.  Pupo encara que a medida poderá, inclusive, trazer benefícios comerciais para o setor, pois dessa forma mercados concorrentes do Brasil no mercado europeu talvez encontrem mais dificuldades para comprovar o que a nova regulamentação solicita. “Pode ser uma forma de o Brasil exportar ainda mais”, diz. Hoje o país corresponde a menos de 2,5% da movimentação mundial de produtos florestais.

A Europa é o principal destino dos produtos brasileiros de base florestal. Em 2012, o continente europeu comprou 65% dos compensados exportados. “É o nosso principal mercado e mais estável”, conta Pupo explicando o porquê da importância de se adequar às regras. A Abimci já está atuando institucionalmente junto as principais federações de madeira da Europa informando justamente da capacidade do Brasil em cumprir essas novas exigências legais.