Publicado em: 07/05/2012 às 12:50hs
Os fiscais ambientais que estão no sudeste do estado para combater o desmatamento ilegal na região flagraram as empresas derrubando castanheiras, o que é proibido por lei.
“Eles estavam serrando para produzir madeira serrada para ser vendida como tábuas, ripas e vigas. Essas empresas recebem carga irregular, pagam, processam a castanheira e misturam com o produto feito com madeiras legais. Quando emitem a documentação, emitem com o nome do produto legal”, explicou o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Pará, Paulo Maués.
Os fiscais apreenderam 235 metros cúbicos de castanheiras em tora e 35 metros cúbicos da madeira já serrada nos pátios das empresas. Mesmo diante do volume que, segundo o órgão, seria suficiente para encher 15 caminhões, Maués ressaltou que esse tipo de crime foi significativamente reduzido na região. “Menos de 10% das madeireiras ainda se arriscam a usar castanheira nos seus pátios”, ressaltou.
A ação contra as madeireiras faz parte da Operação Soberania, que vem sendo feita há 45 dias na região. Neste período, os fiscais do Ibama e alguns policiais do Batalhão Ambiental de Belém, também embargaram 3 mil hectares de áreas de florestas desmatadas ilegalmente nos municípios de Ulianópolis, Dom Eliseu, Rondon do Pará, Pacajá, Novo Repartimento, Portel e Anapu.
“Aplicamos 49 multas que totalizaram R$ 25 milhões. As multas são lavradas individualmente e em função da área de desmatamento ou volume de madeira”, disse . O valor por hectare derrubado é R$ 5 mil, enquanto a multa por metro cúbico de castanheira é R$ 300.
Nas áreas onde a ilegalidade foi identificada em flagrante, os fiscais apreenderam quatro tratores, seis motosserras, um caminhão, 517 metros cúbicos de madeira e 484 metros cúbicos de carvão vegetal. Nos mesmos locais, foram destruídos 50 fornos ilegais.
Fonte: Agência Brasil
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