A Eldorado Brasil requereu do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) a Licença de Instalação (LI) para ampliar a sua fábrica de celulose em Três Lagoas, que irá aumentar a produção da Linha 1 de 1,5 milhão de tonelada por ano para 1,7 tonelada/ano. E, para a implantação da Linha 2, que prevê produção de 2,3 milhões de toneladas/ano, totalizando a produção de 4 milhões de toneladas de celulose por ano em sua fábrica no município. A empresa prevê a contratação de seis mil trabalhadores para a execução das obras que ampliarão o seu parque fabril.

Segundo a gerente de Sustentabilidade da Eldorado, Luciana Bortoluci, nesta semana será protocolado na sede do Imasul, em Campo Grande, o Estudo de Impacto Ambiental feito para a ampliação da fábrica e implantação da segunda linha. A audiência pública para apresentação desse estudo à comunidade está prevista para ser realizada no começo de novembro.

O Estudo de Impacto Ambiental, levou em consideração o tamanho do empreendimento. “Vamos discutir com a sociedade todo o impacto ambiental e socioeconômico dessa ampliação. Nesse estudo é analisada a questão da fauna, da flora, do ar, do solo, bem como da segurança da população, dos trabalhadores, dos sérvios públicos, ou seja, é feito todo um levantamento do impacto ambiental e socioeconômico que o empreendimento pode causar”, comentou Luciana.

De acordo com a gerente de Sustentabilidade da Eldorado, 17 Programas Básicos Ambientais foram definidos no Estudo de Impacto Ambiental. “Antes mesmo da audiência pública, esses programas vêm sendo discutidos com diversos grupos da sociedade. A ideia da audiência pública é para mostrar à sociedade o projeto e a intenção da empresa”, acrescentou.

A Eldorado Brasil trabalha com a possibilidade de obter a Licença de Instalação até o final desse ano. As obras de ampliação, segundo Luciana, estão previstas para o começo de 2014, já a fase de operação da segunda linha de produção para 2017. Nessa etapa de duplicação da fábrica está prevista a contratação de seis mil trabalhadores. O número, de acordo com a empresa, será menor do que na construção da unidade que está em funcionamento, porque já existe um complexo industrial pronto.

A previsão é que mais 400 empregos diretos sejam gerados na fase de operação da segunda linha de produção da empresa. Atualmente, a Eldorado Brasil gera 2.900 empregos diretos e indiretos, segundo informou a gerente de Sustentabilidade.

Com o objetivo de duplicar a empresa, a Eldorado Brasil apresentou no mês passado carta consulta ao Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), solicitando a liberação de R$ 1,4 bilhão. Entretanto, a estimativa é de que a empresa necessite de mais de R$ 7 bilhões para essa ampliação.