Publicado em: 11/04/2013 às 11:30hs
O aumento nos custos de produção já começou a comprometer o elevado índice de produtividade alcançado pelas empresas que produzem celulose no Estado. Pelo menos é esta a avaliação feita pelo diretor florestal da Eldorado Brasil, Germano Vieira, que participou de uma mesa redonda nesta quarta-feira, 10, durante o segundo dia do MS Florestal 2013.
Segundo Vieira, todas as etapas da produção de celulose ficaram mais caras, desde o plantio do eucalipto até o produto final. “Apesar de termos conseguido alcançar bons índices de produtividade, temos que nos deparar com o aumento de todos os insumos - sem exceção”, disse Vieira. Para ele, este é o maior desafio do país não apenas para o setor florestal, mas para toda a agroindústria.
Estes custos envolvem o uso de materiais de adubação, combustíveis, energia, fertilizantes em geral, além dos preços das máquinas e equipamentos. O gerente de silvicultura da Fibria, José Marcio Bizon, concordou com o que foi demonstrado por Germano Vieira. De acordo com Bizon, o potássio, que é um dos principais fertilizantes utilizados na correção do solo, vem tendo aumentos significativos de custos, o que prejudica o Brasil por se tratar de uma competição internacional.
O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore – MS), Luiz Calvo Ramires Junior – moderador da mesa redonda – ressaltou, ainda, que os custos da terra também vêm crescendo anualmente. “A verdade é que não basta mais ter um bom índice de produtividade. É preciso criar mecanismos capazes de conter esta elevação de custos, que já se tornou um sério problema”, frisou Junior Ramires.
Tanto Germano Vieira, quanto José Marcio Bizon, disseram que a tecnologia do setor florestal precisa mudar. As duas empresas estão em busca de adubos inteligentes, por exemplo. O objetivo é aumentar a produtividade, buscando triplicar os níveis de hoje, para se tornar uma alternativa de conter os avanços nos custos de produção, além do desenvolvimento de mais pesquisas genéticas no eucalipto. Germano Vieira acrescentou que é necessário trabalhar mais na mecanização, sobretudo no desenvolvimento de máquinas e equipamentos voltados para a silvicultura.
Fonte: Painel Florestal
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