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Conheça o caso da fazenda de MG que plantou eucalipto e estima aumentar em 10 vezes a produtividade

O Estado de Minas Gerais possui enormes reservas de minério de ferro e, portanto, usa muito carvão vegetal no processo de fabricação do aço.


Publicado em: 03/02/2012 às 11:50hs

Conheça o caso da fazenda de MG que plantou eucalipto e estima aumentar em 10 vezes a produtividade

As florestas plantadas, por sua vez, são grandes fontes de carvão vegetal para os fornos das siderúrgicas. Foi essa conjunção de fatores que fez o produtor rural Antônio Pontes Fonseca, 72 anos, tornar-se um defensor convicto da floresta plantada como forma de recuperar regiões degradadas e obter renda com a venda da madeira. “Há 25 anos, na época do governo de Francelino Pereira, recebi a medalha do mérito florestal porque, desde aquele tempo, eu já acreditava na floresta plantada”, lembra Antonio Pontes, que conseguiu financiar R$ 1 milhão pelo Programa ABC e estima aumentar em dez vezes a produção de carvão vegetal, que hoje é vendido em torno de R$ 150 o metro cúbico.

Antônio fez o empréstimo para plantar eucaliptos em 240 hectares de uma propriedade situada no município de Corinto, que fica na região centro-norte de Minas Gerais, a 209 Km de Belo Horizonte. O produtor rural conta que o local onde a floresta foi plantada era um cerrado degradado. “Antes de comprar a propriedade, há mais ou menos 15 anos, o proprietário antigo tinha desmatado o cerrado para produzir carvão vegetal e não havia a regeneração da área, porque tinha o hábito de colocar fogo para brotar uma pastagem para o gado”, disse. Segundo Antonio Pontes, a produtividade, quando do desmatamento do cerrado da região há 15 anos, era de 20 metros cúbicos de carvão vegetal por hectare e, agora, com a floresta de eucaliptos que plantou com a ajuda dos recursos do Programa ABC, espera produzir 200 metros cúbicos por hectare, valor dez vezes maior.

Além de enxergar o fator econômico no plantio de florestas, Antônio defende a prática como forma de diminuir a pressão pelo desmatamento do cerrado. “Eu também sou defensor do plantio de florestas porque, assim, se protege aquelas áreas que ainda não foram cortadas”, afirmou. O produtor rural lembrou também que o carvão vegetal não é a única destinação que há para a madeira dos eucaliptos. “Há uma série de opções para o produtor que deseja vender madeira, como a venda de toras para a indústria moveleira, de celulose, para fabricação de cercas, postes de luz, entre outros”.

Assistência técnica — O reflorestamento dos 240 hectares da propriedade do seu Antônio Pontes foi possível graças à assistência técnica do engenheiro agrônomo Alonso L´abatte Marques. “Eu trabalhava há alguns anos para o Antônio e ele vivia dizendo que queria reflorestar aquela área da fazenda”. Foi quando o Programa ABC foi lançado pelo Governo Federal. Alonso avisou Antônio da existência da linha de crédito que poderia financiar esse método de recuperação de áreas degradadas. “Elaborei o projeto que foi aprovado pelo banco e o dinheiro não demorou para ser liberado”, conta o engenheiro.

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Fonte: Assessoria de Comunicação da CNA

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