Publicado em: 19/03/2013 às 15:30hs
Localizada no município de Campo Belo, no sudoeste de Minas Gerais, a Bela Vista Florestal começa a mostrar o resultado de seis anos de pesquisas científicas com o objetivo de tornar esta madeira nobre mais adaptada às diferentes condições brasileiras de clima e solo, e consequentemente um investimento mais seguro e mais rentável.
Segundo o empresário Ricardo Vilela, diretor geral da Bela Vista Florestal, o foco na pesquisa possibilitou o desenvolvimento de seis tipos de clones. Ele explicou que não há mais com o que se preocupar com o cedro australiano quando se trata de altitude. Já no quesito temperatura, os novos resultados apontam tanto para um cedro resistente a pequenas geadas, quanto à escaldadura de tronco provocada pelo sol forte de algumas regiões – algo impensável há seis anos.
Graças à homogeneidade do plantio clonal, hoje já é possível plantar apenas 816 árvores de cedro australiano por hectare, metade do que se plantava antes. Aos 18 meses são selecionadas as árvores que vão atingir a maturidade ao ponto de irem às serrarias. O primeiro desbaste é feito em apenas oito anos, prazo no qual o investimento é pago. “A espécie precisa ser plantada em solo fértil e não tolera áreas muito encharcadas, nem solos rochosos. O índice pluviométrico deve ser a partir de 1.300 mm por ano”, detalhou Vilela.
Com o foco voltado para pesquisas, o nível de critério e investimento adotado pela Bela Vista Florestal colocam-na como referência no Brasil quando o assunto é cedro australiano. Isso porque as pesquisas tiveram como conseqüência três teses de doutorado, seis dissertações de mestrado, 15 trabalhos de conclusão de curso superior e, atualmente, outros sete estudos encontram-se em andamento.
Na avaliação de Ricardo Vilela, a parceria feita com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Minas Gerais, foi fundamental para o aprimoramento dos clones de cedro australiano no País. “O material clonado é de 120% a 200% mais produtivo dos que as mudas produzidas através das sementes comerciais disponíveis no país. Em algum tempo teremos mais cedro australiano nas indústrias de móveis, forros, laminados e esquadrias”, complementa Ricardo Vilela.
Atualmente, as áreas com as pesquisas mais avançadas são as de melhoramento genético, nutrição, manejo e prevenção de pragas e doenças. “Sem dúvida, com estes estudos resgataremos a imagem do cedro australiano, que por um tempo ficou prejudicada pela forma desordenada com que a espécie foi trabalhada pelo próprio setor florestal”, destacou Vilela.
Serviço: outras informações sobre as mudas de cedro australiano podem ser obtidas pelos números (35) 3832-1132 e (35) 3832-1156, ou pelo site www.belavistaflorestal.com.br.
Fonte: Painel Florestal
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