O eucalipto na verdade tem várias utilidades. Das folhas produz-se óleos essenciais para alimentos, remédios, produtos de higiene e limpeza. Das flores, com a ajuda das abelhas, produtos apícolas como mel, própolis, cera, geléia real e apitoxinas.

Da casca o tanino que produz colas e floculantes e os substratos para mudas de plantas.

Da madeira a celulose para a produção de papel, a celulose líquida para a viscose, tencel para roupas, papel celofane, acetado de filmes, ésteres para tinta, filamento para pneus, capsulas de remédios e espessante para medicamentos.

E finalmente a madeira sólida para a produção de móveis, brinquedos, construção civil, assoalhos, postes, moirões, painéis compensados, aglomerados, de MDF e HDF, além do carvão vegetal e da lenha para energia.

Mas para cada uma destas finalidades existe uma espécie diferente que mais se adapta, às vezes mais de uma, já que é preciso se levar em conta também a localização, o solo, o clima e a região em que está a sua propriedade.

O eucalipto é um gênero que possui mais de setecentas espécies com uma grande variação entre elas. Cada uma apresenta suas propriedades e inúmeras opções de uso, por isso é importante a escolha da espécie correta.

Deve-se prestar bastante atenção quanto às condições locais e as características da matéria-prima a ser produzida. Só para você ter uma idéia, segundo nos informa o professor José de Castro da Universidade Federal de Viçosa em um dos seus livros, se a madeira se destinar à produção de carvão, moirões e dormentes, deve-se dar preferência às espécies que produzem madeira duras e pesadas. Se for o contrário, a madeira se destinar à produção de celulose, móveis e pequenos objetos deve-se dar preferência às espécies que produzam madeiras de menor densidade.

Não existe uma espécie que possa ser considerada ideal para todos os usos, mas é interessante que você escolha uma espécie que produza madeira adequada para mais de uma aplicação ou dela possa obter mais de um produto final, como é o caso do eucalipto urophyla e o híbrido urograndis, as duas espécies mais plantadas no Brasil. No livro o Manual Prático do Fazendeiro Florestal, comercializado pelo Painel florestal na sua loja virtual, existe um capítulo falando das principais espécies e seus usos.

Para ajudar na sua decisão de que espécie escolher, antes é preciso saber para quem vamos vender, por isso é necessários e fazer uma pesquisa de mercado e avaliar custos, valores de venda, facilidade de transporte e capacidade de consumo da sua região para os próximos 15 anos. Nunca é demais pedir ajuda de um profissional especializado. Pois uma escolha mal feita vai acarretar sérios problemas no futuro e prejuízos financeiros. O recado é: plante certo na primeira vez sempre.