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A silvicultura chega com força ao estado do Maranhão

Atraídas pelas duas fábricas da Suzano que estão sendo construídas naquela região várias empresas começam seus plantios


Publicado em: 11/03/2013 às 13:50hs

A silvicultura chega com força ao estado do Maranhão

Da cidade de Imperatriz no Maranhão, onde fica uma das sedes da Suzano Celulose fomos para a cidade de Porto Franco às margens do rio Tocantins, onde a Suzano também tem uma de suas unidades.

Os técnicos e engenheiros florestais por aqui não podem dar entrevistas, mas o que apuramos é que eles estão com três funções básicas: comprar terras, obter licença ambiental e começar o plantio o quanto antes, já que a empresa está construindo duas fábricas nesta região do Nordeste e sem floresta não há produção.

Em Porto Franco também fica a sede do Grupo Florestar criado com o objetivo de incrementar o crescimento do setor de florestas plantadas de eucalipto. A procura por informações sobre o plantio de eucaliptos aumentou muito na empresa nos últimos anos. Segundo o diretor Raimundo de Morais Lima, existe muita desconfiança ainda e a maioria dos profissionais que estão vindo pra cá estão aprendendo a diferença entre se plantar eucalipto no sul do país e se plantar nesta região do Nordeste.

Esta diferença como se planta eucalipto no sul, centro-oeste e no Maranhão tem levado vários profissionais a mudarem os seus conceitos e mais do que isso, aprender com o clima e com o solo desta região. É o que aconteceu com os proprietários de um viveiro de mudas clonais de eucalipto na cidade de Carolina, a 127km ao sul de Porto Franco.

Tanto Edson como Vicente vieram para cá atraídos pela forte demanda que a Suzano pretende empreender nos próximos anos, mas se surpreenderam. No primeiro ano o viveiro Marka Florestal produziu 5 milhões de mudas, nos primeiros meses de 2010 começou a produzir 4 milhões de mudas por mês, até o final de 2010 foram 40 milhões. Um mercado que os dois simplesmente desconheciam.

Edson Luiz Marques que já trabalhou nos viveiros da Suzano por muitos anos disse que sabia do potencial da região, mas a realidade encontrada foi outra, encontrou muitas empresas se instalando, atraídas pelas novas fábricas, como Brazil Timber, Valor Florestal e Eco Brasil por exemplo, “e também têm as siderúrgicas que existem na região que agora têm de plantar suas florestas, pois não podem mais usar carvão de matas nativas”, salienta.

O que eles aprenderam por aqui, além da surpresa da grande demanda foi que o clima faz com que as mudas se desenvolvam de outra maneira. Por estarem mais próximos da linha do Equador, com baixa oscilação de temperatura com média anual de 25 graus, humidade alta e muito sol em boa parte do ano, Edson descobriu que não precisa da casa de sombra para que as mudas se desenvolvam, como acontece em outras regiões do País. Pelo contrário, a casa de sombra atrasava o crescimento. “Temos de 30% a 40% a mais de fotoperíodo aqui por ano do que no sul do país, pois estamos a apenas 5 graus de latitude, muito próximos da linha do Equador, e o período útil do sol durante o dia, chegando a quase 12 horas”, acrescenta Edson.

A diferença de clima, de solo e principalmente de mão-de-obra qualificada é sentida também do outro lado do rio, no Estado do Tocantins, onde grandes empresas siderúrgicas começam a plantar suas florestas de eucalipto.

Se você quiser saber mais sobre o que acontece neste região, basta acessar o vídeo abaixo e ver a reportagem completa.

Fonte: Painel Florestal

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