Mercado Florestal

Suinocultores de Mato Grosso enfrentam pior crise da história

Apesar de Mato Grosso apresentar a 2ª maior produtividade das matrizes alojadas no Brasil, e ser o 4º maior produtor de carne suína do país a atividade da suinicola do Estado está prestes a ser dizimada


Publicado em: 25/07/2012 às 12:40hs

Suinocultores de Mato Grosso enfrentam pior crise da história

Os produtores de suínos de Mato Grosso só devem respirar aliviados depois de amanhã no próximo dia 26 de julho, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) irá se reunir e votar sobre a prorrogação de dívidas de custeio e investimento, inclusos FCO, bem como dos financiamentos. Desde o início do mês a Acrismat pressiona o governo para que o voto seja favorável.

Apesar de Mato Grosso apresentar a 2ª maior produtividade das matrizes alojadas no Brasil, e ser o 4º maior produtor de carne suína do país a atividade da suinicola do Estado está prestes a ser dizimada. Sem apoio do Governo do Estado e "preterido" pelo governo federal a extinção da suinocultura no Estado deve acabar com mais de 2 mil empregos e levar investimentos do Mato Grosso.

Durante a realização da oitava edição do Encontro dos Suinocultores de Sorriso recentemente, município que concentra maior parte da produção, o presidente da Acrismat Paulo Lucion, recebeu o secretário de política agrícola do MAPA, Caio Tibério, fez um apelo em favor dos suinocultores mato-grossenses e entregou a "Carta de Manifesto" ao representante do executivo federal.

Segundo Paulo a Carta enumera os principais problemas e desafios da atividade e pede ajuda Estado ."Caro secretário, Mato Grosso passa pela sua a pior fase da desde o inicio da atividade em 1992, por todo o país produtores reduzem sua produção. Mas aqui a situação esta mais dificil, nosso preço de comercialização é o menor do país, temos problemas de logística. Precisamos que o governo inclua o preço do suíno no PGPM, para que haja um preço mínimo de referência. E nós suinocultores não passemos a pagar para produzir", desabafou.

Durante a leitura da carta Lucion pediu ainda o parcelamento de dividas pelo FCO, maioria dos recursos utilizados pelo setor são de custeio e investimento via Fundo Constitucional do Centro –Oeste. "O crédito emergencial de retenção de matrizes, tem que ser específico pra este fim, deve haver limite extra pois aqui muitos estãop deixando a atividade", revelou.

Segundo Lucion, a atividade, desde seu inicio em 92, nunca passou por uma crise tão séria. "Apesar de conseguirmos alguns ganhos com reuniões no MAPA, conseguidas por meio de protesto de produtores de todo o país, Mato Grosso ainda sofre com alijamento no processo por conta dos Estados do Sul", disse.

Recentemente depois de várias rodadas de negociação a ABCS junto com as Associações Estaduais conseguiram ser atendidos em alguns pontos. De acordo com Lucion, foi Confirmado a realização de leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), no valor de R$ 0,40/kg. A medida visa garantir o escoamento da produção das regiões produtoras e cobrir os custos de produção do setor. O PEP e PEPRO são benefícios que o Estado conseguiu, porém segundo Lucion, eles beneficiam os frigoríficos não os produtores.

Outra medida assegurada aos produtores prevê que o Ministério da Agricultura protocole junto ao Ministério da Fazenda proposta de subvenção de até R$ 0,60 por quilo de suíno, por um período de seis meses.

Alem de todas as medidas de protelamento de dívidas e custeios o Ministério da Agricultura, Abrafrigo, ABCS e afiliadas realizarão campanha publicitária de uma semana ou 15 dias para incentivo do consumo da carne suína, como forma de alavancar as vendas e movimentar o mercado.

Fonte: Comunicação ABCS

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