Mercado Florestal

Seminário Internacional de Suinocultura Agroceres PIC aponta cenário otimista para futuro da produção suinícola brasileira

Especialistas indicam momento de transição para uma nova suinocultura, com vantagens mercadológicas para o Brasil.


Publicado em: 13/09/2012 às 07:30hs

Seminário Internacional de Suinocultura Agroceres PIC aponta cenário otimista para futuro da produção suinícola brasileira

Mesmo atravessando um período de custos produtivos elevados, a tendência é de aceleração na abertura de novos mercados para a carne suína brasileira. Realizado no Sofitel Jequitimar, no Guarujá (SP), evento reuniu cerca de 350 participantes

O Seminário Internacional de Suinocultura Agroceres PIC apontou um cenário mais otimista para o setor produtivo de suínos, embora ainda acompanhado de elevados custos de produção. Durante praticamente 2011 inteiro, e principalmente neste primeiro semestre, a suinocultura viveu um período de grandes turbulências. Importantes mercados internacionais bloqueados, enfraquecimento da demanda interna, competição acirrada com outras carnes e altos preços de milho e soja foram alguns dos fatores de maior impacto. “Cremos que o pior já passou. Ainda temos o desafio dos custos de produção, contudo os preços do suíno já se recuperaram em boa parte e a suinocultura certamente vai retomar o caminho do crescimento”, afirma Alexandre Furtado da Rosa, diretor Superintendente da Agroceres PIC.

Chegando a sua 10ª edição ininterrupta em quase 20 anos de realização, o evento consolidou sua posição em antecipar tendências produtivas e de mercado, além de discutir questões econômico-conjunturais e relacionadas à gestão. Realizado entre os dias 29 e 31 de agosto no Sofitel Jequitimar, no Guarujá (SP), o Seminário reuniu cerca de 350 participantes. Um público altamente qualificado, formado por suinocultores independentes e integrados, empresários, dirigentes e técnicos de agroindústrias, cooperativas e associações. O evento teve ainda uma boa presença internacional, principalmente de participantes oriundos da Argentina e Estados Unidos. “O nosso intuito é sempre o de criar uma oportunidade exclusiva para que nossos clientes e líderes do setor possam ouvir e interagir com alguns dos melhores e mais influentes especialistas da atualidade e, por intermédio deste contato, possam discutir e vislumbrar quais caminhos apontam para o futuro da suinocultura”, ressalta Furtado da Rosa.

Para o diretor Superintendente da Agroceres PIC, o setor vive hoje um período de transição para uma nova suinocultura, cujo molde se dará a partir de uma nova sociografia dos mercados. Isto, atrelado a uma percepção mais apurada sobre as qualidades da carne suína, levando a um aumento de sua base de consumo e a uma crescente valorização dela entre os consumidores. O mundo terá nove bilhões de habitantes até 2050, com 86% deste crescimento populacional se dando na Ásia e África. O processo está associado ao aumento de renda, ampliando as oportunidades para consumo, produção e exportação de proteína animal. Serão 204 países consumindo e apenas 25 produzindo, com Brasil e Estados Unidos liderando este bloco. A perspectiva é de que o Brasil seja responsável por 27% das exportações mundiais de carnes até 2020.

Mesmo problemas como a recente quebra de safra nos Estados Unidos - e seus impactos nos preços internacionais das commodities - devem resultar em vantagens para a suinocultura brasileira. “A quebra de safra nos Estados Unidos é complexa, mas vai abrir oportunidades para a suinocultura do Brasil. O importante é não desistir; é persistir porque estamos muito perto da abertura de importantes mercados para a carne suína brasileira”, projeta Alexandre Mendonça de Barros, economista e consultor da área de grãos da MBAgro, um dos palestrantes do evento.

Mercado doméstico


As perspectivas em relação ao mercado interno também se projetam positivas à atividade suinícola. O brasileiro vem ampliando o consumo de carne suína na mesma medida em que a renda cresce e o nível educacional se eleva no País. Para Furtado da Rosa, é possível dobrar o atual consumo per capita, atingindo em pouco tempo a marca de 30 kg. Média idêntica a de outros países produtores de carne suína e com grande mercado doméstico, como Estados Unidos, China, Rússia e México. “Se alguém duvida disto, basta voltarmos 20 anos no tempo, quando realizamos o primeiro Seminário Internacional de Suinocultura, e perceber a transformação”, aponta o diretor Superintendente da Agroceres PIC. Naquele momento, a economia brasileira era totalmente instável, o consumo era metade do atual e o País não exportava um quilo sequer. “De lá para cá a produção suinícola brasileira deu saltos de tecnologia, qualidade e empreendedorismo, a ponto de se tornar a quarta maior do mundo. Acredito que hoje, independente dos desafios, a suinocultura do Brasil está apta a seguir seu caminho rumo a um novo futuro, o qual é altamente promissor à atividade”, conclui.

Fonte: Assessoria de Imprensa Agroceres PIC

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