Publicado em: 22/02/2012 às 17:10hs
O coordenador técnico da empresa, Thiago Othero, realizou junto com a engenheira ambiental da LPC, Vânia Gasperini, as últimas vistorias nas 13 propriedades que participam do projeto. Othero informou que os créditos de carbono gerados nestas propriedades já estão sendo negociados com uma grande empresa brasileira.
O Instituto Nacional da Carne Suína e a LPC, que são coparceiras neste projeto, comemoram mais este passo, que além de representar um benefício ao meio ambiente, também é mais um passo efetivo na qualificação e valorização da carne suína. Para Wolmir de Souza, presidente do INCS, “é importante que as propriedades mantenham altos padrões de produção, pois posteriormente, isto vai refletir na qualidade do produto que chega ao consumidor final”.
O projeto, que iniciou há dois anos, tem o objetivo de beneficiar as pequenas comunidades através da prática da sustentabilidade ambiental e consequentemente, da comercialização de créditos de carbono. Para participar do projeto a LPC selecionou 13 propriedades de criação de suínos que utilizam a UMAC para o tratamento de dejetos. A geração de créditos de carbono nestas propriedades ocorre devido a não formação de gases nocivos ao meio ambiente, como o metano. Estes mesmos dejetos, se não tratados ou se tratados por biodigestor, por exemplo, poluem o meio ambiente e seus efluentes e liberam gases que ajudam a agravar o aquecimento global.
Airton Piovezan, um dos proprietários que aceitou participar do programa, enumera benefícios que conseguiu com a instalação da UMAC em sua propriedade. “A unidade de compostagem gera um composto sólido, facilitando o transporte e que também pode ser comercializado. O crédito de carbono é mais uma vantagem, com a renda extra proporcionada pela compostagem é possível ter o retorno do investimento e pagar pela manutenção da UMAC”, afirma.
Como funciona
A geração de créditos de carbono é monitorada através da quantidade de dejeto que é tratado na unidade de compostagem. A partir desta quantidade é possível calcular a quantidade de metano que o tratamento por compostagem deixa de gerar. Segundo Thiago Othero, a estimativa é que as propriedades participantes gerem, ao todo, 15 mil toneladas por ano de dejetos, que convertidos, geram 15 mil créditos de carbono. “Estes créditos podem ser comercializados com um valor que varia de R$ 3,00 a R$ 12,00, o preço normalmente é determinado por quanto a empresa compradora está disposta a pagar. No caso deste projeto, estamos participando de um edital para vender os créditos d carbono a uma grande empresa brasileira, que está disposta a pagar até o dobro do valor normalmente comercializado, viabilizando todo o projeto”, conta Othero.
Fonte: INCS
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